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Site Reliability Engineering: como funciona, melhores práticas e ferramentas

A missão deste profissional é fazer a ponte entre as operações e os desenvolvedores de software para que, ao final do projeto, seja possível entregar um produto confiável. Conheça as características e funções dos engenheiros de confiabilidade!


Você já ouviu falar sobre Site Reliability Engineering? Mais conhecido pela sigla SRE, esse termo se refere a uma metodologia de gerenciamento desenvolvida pelo Google em 2003.

O método tem como objetivo aprimorar o design e a operação dos sistemas a fim de torná-los escaláveis, confiáveis e eficientes.

Recentemente, fizemos um artigo explicando mais sobre o que é e quais os princípios fundamentais deste conceito. 

Mas, hoje, queremos focar nos profissionais responsáveis por colocá-lo em prática: os engenheiros de confiabilidade do site.

Quer saber o que um time de SRE faz e quais as suas principais responsabilidades? Então vem com a gente! 

 O que faz um engenheiro de confiabilidade do site?

Apenas para recapitular, o grande propósito por trás do Site Reliability Engineering é agregar mais confiabilidade e rapidez aos sistemas, permitindo que eles suportem a adição de novas funcionalidades no futuro.

Essa metodologia se apoia em alguns princípios fundamentais, entre eles estão os seguintes:

  • Abertura ao risco;
  • Eliminação de trabalho repetitivo ou desnecessário;
  • automação; 
  • engenharia de lançamento;
  • simplicidade.

Para colocá-los em prática, no entanto, é preciso contar com talentos capazes de desenvolver soluções e ferramentas que aprimorem a usabilidade de um software, antes mesmo de algum transtorno aparecer.

É aí que entra a figura do SRE, ou seja, do engenheiro de confiabilidade do site. 

Basicamente, a missão deste profissional é fazer a ponte entre as operações e os desenvolvedores de software para que, ao final do projeto, seja possível entregar um produto confiável ao usuário final.

De maneira geral, é ele quem garante que todos os componentes necessários para a implantação de um software estejam funcionando corretamente.

Para que você possa entender o assunto com mais clareza, na sequência falaremos sobre as principais responsabilidades do SRE.

Quais são as responsabilidades do Site Reliability Engineering?

Apesar de o conceito de SRE ser novo para muitas empresas, a tendência é que a busca por engenheiros de confiabilidade cresça cada vez mais. 

Sendo assim, conhecer o que esse profissional faz é fundamental para aproveitar as oportunidades que se abrem nesta frente.

Primeiro, é importante pontuar: as responsabilidades do Site Reliability Engineering podem variar de organização para organização, a depender das necessidades individuais de cada uma delas. 

E sabe por quê? Há uma gama bem ampla de atividades envolvidas nesta função. Ainda assim, podemos dizer que as principais responsabilidades do SRE são as seguintes:

  • Gerenciar e monitorar a disponibilidade do sistema;
  • Realizar o planejamento de capacidade dos serviços da empresa;
  • Analisar os possíveis riscos, a fim de criar medidas defensivas e responder rapidamente a incidentes/problemas de desempenho;
  • Criar automatizações que elevam a escalabilidade do software;
  • Orientar desenvolvedores e engenheiros de operações sobre as melhores práticas de SRE;
  • Definir práticas que garantam o lançamento de softwares consistentes e repetíveis;
  • Documentar incidentes e desenvolver futuras ações preventivas.

Diferenças entre SRE e DevOps

Após conferir a lista acima, talvez você comece a se perguntar qual a diferença do SRE para o DevOps, não é mesmo? Se esse for o caso, saiba que essa é uma dúvida corriqueira, afinal, há muitas semelhanças entre ambos os conceitos.

Portanto, vale a pena esclarecer: embora muitos dos princípios sejam comuns, o DevOps é uma cultura marcada por práticas que visam melhorar a qualidade do produto entregue e que devem ser adotadas por todos.

Já o SRE é uma função específica, ou seja, a denominação dada ao profissional que assume a responsabilidade pela confiabilidade e automação durante todo o projeto.

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Principais ferramentas usadas por um SRE

Assim como as responsabilidades do SRE variam de empresa para empresa, o mesmo acontece com as ferramentas usadas por este profissional.

Ou seja: o leque pode reduzir ou aumentar, a depender das atividades que serão realizadas pelo engenheiro de confiabilidade em um projeto.

Mas, no geral, 8 ferramentas são amplamente utilizadas no Site Reliability Engineering, entre elas estão:

  1. Jenkins: servidor de automação de código aberto, que visa facilitar a integração e entregas contínuas;
  2. Docker: plataforma open source que facilita a criação e administração de ambientes isolados;
  3. Terraform: ferramenta para construção, manutenção e versionamento de infraestrutura;
  4.  Kibana: plugin de visualização de dados de fonte aberta para o Elasticsearch;
  5. Prometeu: software de código aberto usado para monitorar e coletar métricas sobre a infraestrutura 
  6. Ansible: ferramenta que gerencia, automatiza, configura servidores e implementa aplicativos a partir de uma localização central;
  7. Chef: automatiza o processo de gerenciamento de configurações, garantindo que cada sistema seja configurado de forma correta e consistente;
  8. Grafana: ferramenta de análise e monitoramento de código aberto voltada para a visualização de dados e métricas de relance.

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Quais habilidades você precisa dominar para ter sucesso como SRE?

Agora que você já sabe quais são as principais responsabilidades do engenheiro de confiabilidade de sites, chegou o momento de conhecer algumas das habilidades necessárias para quem deseja ser bem sucedido nesta profissão.

Além de conhecer o funcionamento das ferramentas de Site Reliability Engineering mencionadas acima, há outras competências técnicas e comportamentais que é preciso dominar.

Por exemplo: a alta capacidade para solucionar problemas e automatizar processos figura entre as aptidões mais importantes do SRE

O mesmo vale para o conhecimento sobre monitoramento e a habilidade de trabalhar bem com dados.

No campo das soft skills, as competências de comunicação, incluindo a boa didática para compartilhar conhecimento e de se relacionar com diferentes profissionais, são tidas como essenciais.

Afinal, como já dissemos, o SRE é a ponte entre as operações e os desenvolvedores de software. Sendo assim, é papel dele orientar ambas as frentes sobre as melhores práticas.

Por fim, ser resiliente para enfrentar desafios, ter um bom desempenho mesmo sob pressão e ter proatividade também farão toda a diferença para que o SRE consiga cumprir bem com a sua missão: entregar sistemas mais confiáveis e eficientes.

Esperamos que este artigo ajude a ampliar os seus conhecimentos sobre Site Reliability Engineering. 

Agora que você já sabe como o SRE funciona, que tal se aprofundar no tema? Convidamos Rafael Monteiro – Gerente de Delivery da MJV para um bate-papo que vai te ajudar a entender melhor todos os pontos e princípios que permeiam o conceito. Clique no banner e assista.

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