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Mindset Data-Driven: como implementar uma cultura de dados na sua empresa?

Determinar os rumos de um negócio com base em decisões tomadas apenas pela intuição dos gestores é uma prática que ficou no passado.


Mindset Data-Driven não é um simples plano de ação. Ele está no DNA do negócio, é o jeito que a empresa realiza seus processos. 

A cultura de dados vai muito além de uma estratégia que simplesmente orienta os dados de uma empresa. Ela é um mindset, que direciona profissionais de uma organização a ver valor nas informações construídas a partir dos dados. 

O que constrói um negócio Data-Driven é a habilidade de identificar os desafios corretos e mapear os dados necessários para criar soluções alinhadas aos desejos dos clientes.

Neste artigo, saiba como começar essa nova cultura na sua empresa da maneira mais eficiente possível. 

A ascensão da cultura de dados

Data-Driven. Big Data. Data Science. Analytics. Dashboards. Business Intelligence. Termos como esses invadiram salas de reunião e estratégias de negócios em todo o mundo.

Será que é só mais uma tendência ou buzzword? O que está acontecendo? Esse movimento não começou de uma hora para outra. Continue lendo para entender.

Segundo a Revista Forbes, essas eram as empresas mais valiosas do mundo em 2010:

  1. Exxon Mobil (Petróleo e Gás)
  2. Apple (Tecnologia)
  3. Berkshire Hathaway (Investimento)
  4. General Electric (Variados)
  5. Walmart (Varejo)

Depois de 10 anos, em 2020, de acordo com a Brand Finance, o cenário mudou e as empresas mais valiosas foram:

  1. Amazon (varejo)
  2. Google (tecnologia)
  3. Apple (tecnologia)
  4. Microsoft (tecnologia)
  5. Samsung (tecnologia)

Hoje, as maiores empresas do mundo também estão muito mais ligadas à tecnologia do que em qualquer outro momento. O Data-driven e o Big Data representaram uma revolução nos modelos de negócio.

Analisar os grandes volumes de dados coletados, principalmente com auxílio de técnicas de machine learning e inteligência artificial, permitiu tomar decisões mais racionais e estratégicas às finalidades das empresas.

E foi por meio da tecnologia que análises foram geradas, dados coletados e manipulados. Entende a vantagem que as Big Techs tiveram?

Então se existe algo a ser priorizado nas empresas, certamente, são os dados. Acredite: somente os dados vão te dar musculatura para analisar cada questão antes de qualquer decisão. Siga o exemplo das gigantes de tecnologia!

Leia também: Data Science: o que é e como começar

Vantagens da cultura de dados 

Agora fica mais claro entender o valor que os dados têm! O mindset Data-driven promove:

  1. Eficiência e agilidade para sua estratégia de negócio
  2. Aperfeiçoamento de forma contínua no processo de decisão
  3. Redução de custos 
  4. Geração de novas receitas e incrementos das já existentes
  5. Desenvolvimento de novos modelos de negócio
  6. Redução do time to market 
  7. Vantagem competitiva  
  8. Mentalidade estratégica
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A influência do mindset data-driven por setor

Separamos 3 setores bem importantes para a economia do país e avaliamos a  importância do uso de dados para eles.

Financeiro

Fintechs é a palavra chave aqui. Esse modelo de negócio que une finanças e tecnologia não só entendeu o que a Geração Z, nativa da Era Digital, ansiava quando o assunto era serviços financeiros, como conquistou boa parte do público de instituições tradicionais.

Elas deram início a uma nova ordem: 

  • Menos burocracia
  • Mais autonomia
  • Melhor relacionamento
  • Custos mais acessíveis

Como isso aconteceu?

Com o uso de dados! Tendo como foco o usuário para promover a melhor experiência, os dados mapearam o que gerava valor ao negócio. A partir daí foi só mergulhar na inovação para encantar o mercado.

Vale lembrar que a inserção na cultura analítica é apenas um dos motivos que colaboraram com a escalada das fintechs.

→ Dica de leitura: Por que toda empresa quer ser uma fintech?

Segurador

A avaliação de risco, sem dúvida, é o grande core business do mercado segurador. 

A telemetria surge como um campo a ser explorado dentro dessa área. Popular no setor de transporte, ela promete captação de dados relacionados ao comportamento do usuário de seguro para profunda análise.

Sensores e dispositivos captam dados de condutores, por exemplo. Esses insights proporcionam entender uma série de perfis de motoristas. 

A prática auxilia na avaliação de risco do seguro e, consequentemente, atua na precificação. Dessa forma, possibilita atribuir preços com base no desempenho dos condutores, estabelecendo variáveis estratégicas e pontuações.

Varejo

Não é novidade que o coração de qualquer estratégia de negócios pulsa na batida do usuário.

O que se nota é que a preocupação com o que os clientes dão valor é algo exponencial, capaz de dar vazão a novos modelos de negócio, a um marketing mais analítico, com conexões emocionais e alta dosagem de personalização. 

E é sobre personalização que nós vamos falar aqui. Na verdade, sobre a Era da Personalização em Escala. Esse é o próximo nível e abrange também processos relativos a produtos, logística, supply chain… tudo converge para estratégias e ações personalizadas. 

Esse movimento requer que o varejista ative todos os dados dos clientes disponíveis para oferecer experiências mais relevantes para os clientes existentes e para os clientes em potencial. 

Tudo para que eles consumam o produto/serviço do melhor jeito para ele. 

Passo a passo de como ter uma cultura data driven

1. Conscientize sua equipe da importância do uso de dado

Cultura de dados. Mindset Data-Driven. Vantagens do uso de dados. Esses termos podem parecer abstratos, superficiais e até chavões se não olhamos com atenção para eles. 

A importância do uso de dados em empresas é real e urgente. Assim como é grande a resistência ao seu uso. 

Em parte, muitos negócios ainda mantêm processos engessados que impossibilitam que os dados sejam grandes protagonistas na tomada de decisões. Mas empresas e processos são feitos por pessoas. E pessoas precisam ser orientadas, conscientizadas e desenvolvidas. 

Não nascemos sabendo andar. Existe um processo de maturação e desenvolvimento para que isso ocorra. Somos estimulados. Damos um passo de cada vez. Às vezes, alguém segura nossa mão. O mindset Data-Driven segue a mesma lógica. 

Primeiro, reconheça as possibilidades que a cultura de dados traz. Tenha consciência dos ganhos e caminhos a percorrer. No segundo momento, desenvolva a equipe, estimule, proponha novas atividades, coloque os dados no centro das discussões. Convide a equipe para caminhar nessa direção. Esse passo pode começar de você.

2. Defina objetivos

Um ano, um mês, duas semanas, qualquer data. Defina objetivos para cumprir e tenha prazos para realizá-los. Basear ações a partir de objetivos ajuda a delimitar as decisões. Afinal, quando tudo pode ser feito, nada também pode acontecer. Quem nunca ficou perdido em meio a tantas opções, informações e possibilidades?

Ter claro os objetivos auxilia a definir quais caminhos são possíveis seguir e evita que você fique deslumbrado com todas as possibilidades que os dados podem trazer, especialmente o Big Data.

Uma empresa pode (e deve!) ter vários objetivos ao mesmo tempo, principalmente se segue metodologias de Key Performance Indicators (KPI). Busque vincular seus objetivos a KPIs específicos, assim, você saberá mensurar exatamente quando atingir o que busca.

3. Tenha foco: identifique as áreas-chave

Com os objetivos em mente, descubra quais áreas agregam valor ou apontam soluções para chegar aonde você deseja. Sabemos que todas as áreas impactam, mesmo que indiretamente, no negócio. Outras, produzem informações que afetam diretamente na tomada de decisão. Fique atento a elas e tente extrair o máximo de insights!

Se você é gestor e tem como objetivo aumentar a reputação da empresa como marca empregadora, precisa extrair dados do RH, dos funcionários e dos canais de contratação da empresa. Busca aumentar as vendas e a receita da organização? Concentre-se nas áreas de Vendas, Customer Success e Marketing.

Todo objetivo tem um setor ou áreas que o conduzem. Ligue os pontos: conecte o que você busca a quem está à frente da operação.

4. Colete os dados

A terceira lei de Newton, conhecida como lei da ação e reação, afirma que, para toda força de ação aplicada a um corpo, surge uma força de reação. No mindset Data-driven, para toda ação executada em uma atividade de negócio, surge um dado.

Isso mesmo, tudo gera informação que pode virar dado. Seja um contato com um cliente, um chamado aberto para o time de suporte, uma negociação inserida no CRM, uma nova contratação.

Só que de nada adianta todos esses dados gerados em tempo real se não estão armazenados para uma futura análise. A informação já está sendo gerada, você só precisa coletá-la.

Pense em tudo que você e sua equipe faz, tem algo que passa despercebido porque não é extraído? Garanta que todos os dados, que possam ser necessários, estejam sendo guardados de forma adequada.

5. Analise os dados para obter informações

Aqui está o coração da estratégia Data-Driven: a análise de dados. Você sabe o que estratégias de sucesso têm em comum? A análise de performance e dados.

Nessa etapa, é importante definir quais indicadores-chave devem ser acompanhados. Eles devem estar relacionados com os seus objetivos. Lembra dos KPIs? Voltamos para ele. Os KPIs são indicadores essenciais para o seu negócio. 

Esse acompanhamento permite determinar o que está funcionando e o que não está. Inúmeros indicadores podem ser medidos. O ponto central é saber escolhê-los. Compreenda o que pode ser utilizado para auxiliar na tomada de decisão e, mais uma vez, foque nos seus objetivos.

KPI não é o mesmo que métrica. Embora muita gente confunda, uma métrica é apenas algo a ser medido. Se por algum motivo essa métrica se torna relevante para a sua estratégia, ela vira um indicador-chave. Entendeu?

Dica: Atente-se para a forma de organizar seus insights visualmente. Dependendo de como você escolhe apresentar suas informações, elas agregarão mais ou menos valor para a tomada de decisão

6. Transforme dados em ação

Toda análise de dados tem uma função: auxiliar na tomada de decisão. Ainda assim, só tomar decisões não basta. É preciso partir para a ação, ou melhor, executar essas decisões.

É a execução que te deixa próximo de alcançar seu objetivo. Essa é a mágica do mindset Data-Driven, garantir que dados forneçam insumos e insights para tomar decisões estratégicas e inteligentes, que resolvam problemas, apontem soluções e tragam resultados!

Comece agora a implementar a cultura de dados

As empresas estão em cima de verdadeiras minas de ouro. A parceria entre conscientização do uso de dados, conhecimento interno e tecnologia adequada revela detalhes da empresa, dos seus processos, dos clientes, serviços e produtos.

A informação, quando analisada, gera conhecimento. Essa é a proposta: garimpar e gerar conhecimento. Informação utilizada para gerar valor e inteligência de negócios.

Dados são o alicerce sobre o qual se constrói uma empresa Data-Driven. Para que essa metodologia funcione, porém, é necessário contar com dados organizados, acessíveis e integrados.

Conforme a empresa amadurece em relação ao data driven, a tecnologia ganha mais importância para sustentar essa transformação organizacional.

Quando uma empresa passa a tomar decisões com base em dados, e não mais em previsões intuitivas, a incidência de erros e equívocos diminui, o que reflete em menos custos, otimização de tempo e melhor desempenho.

No entanto, para implementar o mindset Data-Driven é preciso sair da teoria e ir até o coração do negócio: a cultura da empresa. Não se trata apenas de mais uma tendência, mas de uma estratégia aplicada a negócios que dá resultado!

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