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Fintechs: o que são e como enfrentá-las?

Entenda o que são fintechs, quais suas influências no mercado, por que elas são uma oportunidade para o seu negócio e como se preparar para essa nova era!


Fintechs são startups onde a tecnologia é aplicada em serviços financeiros ou usada para ajudar as empresas a gerenciar os aspectos financeiros de seus negócios, incluindo novos softwares e aplicativos, processos e modelos de negócios.

As fintechs são um novo modelo de negócio no mercado financeiro, e elas vêm revolucionando esse setor. No Brasil e no mundo.

Ao longo deste artigo, você vai se aprofundar nesse conceito e entender por que as fintechs são um divisor de águas em um setor tão consolidado no capitalismo mundial.

Acompanhe!

O que são as fintechs e qual sua influência no mercado?

Termo surgido da junção da abreviação de financial technology, Fintech é um termo genérico para qualquer tipo de inovação tecnológica usada para apoiar ou fornecer serviços financeiros. Como já dissemos, ele também descreve as startups que atuam nessa nova configuração.

Mas não pense que as fintechs são algo muito novo. Após a crise financeira global de 2008, as inovações em torno do mercado financeiro fizeram com que esse conceito evoluísse para criar alternativas e reformular o comércio, pagamentos, investimentos, gestão de ativos, seguros, compensação e liquidação de títulos e até mesmo dinheiro em si com criptomoedas como o Bitcoin.

Em apenas alguns anos, as empresas que fornecem FinTech definiram a direção, a forma e o ritmo das mudanças em quase todos os subsetores de serviços financeiros.

E isso em total consonância com a transformação digital que o mundo (corporativo ou não) vem vivenciando. Os consumidores agora esperam integração digital ininterrupta, aprovações de empréstimos rápidos e pagamentos gratuitos de pessoa para pessoa — todas as inovações que as fintechs tornaram popular.

→ Leia também: Por que observar atentamente as Fintechs!

Por que as fintechs estão ganhando cada vez mais mercado?

É fundamental sabermos que as fintechs estão criando muitas mudanças no setor financeiro e dando origem a uma série de novos modelos de negócios, aplicativos, processos e produtos.

Todos os prestadores de serviços financeiros estão cada vez mais dependentes de tecnologia, mas fintechs colocam a inovação orientada para a tecnologia no cerne de suas atividades comerciais. Elas podem ser particularmente ativas em áreas como novos sistemas de pagamento ou consultoria de investimento automatizado.

A explosão do comércio eletrônico criou um ecossistema saudável de fornecedores de tecnologia iniciantes para serviços financeiros, varejo e outras indústrias. Na última década, o ecossistema de fintechs cresceu de pouco mais de 10 participantes-chave nos Estados Unidos para milhares de startups ao redor do mundo.

Que oportunidades as instituições tradicionais têm com as fintechs?

Embora sejam cautelosos, os bancos são rápidos em adotar tecnologias que podem criar novos fluxos de receita ou gerar eficiências. Por isso, eles procuraram ajuda para integrar novas tecnologias, como pagamentos peer-to-peer, em sua enorme infraestrutura legada.

Apesar de muitas instituições bancárias se lançarem no desenvolvimento de tecnologias próprias, cada vez mais, elas também estão percebendo que firmar parcerias com startups fintechs é uma boa escolha.

Por exemplo, as plataformas de serviços hipotecários online viram um aumento na adoção pelos bancos para processamento de contas de clientes.

Os bancos tradicionais, apesar de seu poderio econômico, sabem que o grande trunfo das fintechs é a mentalidade de inovação, agilidade (velocidade de ajuste), perspectiva centrada no consumidor e uma infraestrutura nascida no ambiente digital.

Logo, podemos afirmar que as vantagens da parceria entre organizações tradicionais do mercado financeiro e fintechs são:

  • redução de custos;
  • ganho de inteligência tecnológica;
  • inovação e diferenciação mercadológica;
  • melhor atendimento dos anseios de consumidores ultra conectados;
  • aumento da lucratividade por meio de serviços digitais e automatizados — sem necessidade de intervenção humana e livre de erros, etc.

Um resumo, as fintechs de maior sucesso concentraram-se em funções estreitas ou segmentos com pouco atendidos pelas instituições financeiras tradicionais, mas que lutam para crescer lucrativamente por conta própria. As instituições financeiras tradicionais têm uma vasta base de clientes e bolsos profundos, mas com sistemas legados que os retêm. Por isso, unir forças é a melhor escolha.

A colaboração é um caminho natural para que bancos e as fintechs alavanquem os pontos fortes uns dos outros, embora a cultura seja sempre um desafio quando um inovador ágil se une a um operador mais conservador. Talvez uma abordagem mais bem-sucedida seria os bancos distribuírem alguns produtos de fintech ou fazer parceria com eles para criar novidades e, assim, recrutar seus clientes da próxima geração.

Como instituições financeiras tradicionais podem se preparar para a era da fintechização?

Já existem especialistas apontando para um cenário onde a chamada “fintechização” é um caminho sem volta. Nesse movimento, as instituições financeiras devem investir em menu de serviços digitais, mobiles, omnichannel (multicanalidade), metodologias ágeis, estratégias user-centric/people-first (soluções e serviços super aderentes aos usuários) e Data Science.

O futuro do setor bancário dependerá de sua capacidade de alavancar o poder da percepção do cliente, análises avançadas e tecnologia digital para fornecer serviços que ajudem os consumidores a gerenciar suas finanças e suas vidas em torno do dinheiro. Também as habilidades de gestão de processos internos vai depender de tecnologias disruptivas.

É aí que a preparação para que a “revolução fintech” não torne os serviços financeiros tradicionais obsoletos precisa ser estratégica.

Para isso, é preciso começar por uma revolução interna. Investimentos em Inovação Aberta são bastante indicados.

A Inovação Aberta, também chamada de Corporate Ventures ou Open Innovation, é um método de colaboração externa. Permite que instituições tradicionais promovam ideias, pesquisas e processos abertos para desenvolver soluções inovadoras. O conceito consiste em garimpar expertise e conhecimento para solucionar desafios de negócio fora dos limites da organização.

Por exemplo, a partir da abertura das APIs ao público é possível que terceiros — Fintechs, startups ou empresas de tecnologia — colaborem com os bancos para desenvolver soluções e aplicações para essas instituições financeiras.

Dessa maneira, a instituição financeira deixa de existir apenas em seus próprios domínios e passa a ter contato com seu cliente em outros espaços digitais, ampliando sua atuação, público, portfólio de serviços e tempo de contato.

A plataforma de API aberta do banco deve ser capaz de conectar o correntista, mais especificamente os dados dele, à outras plataformas de sua escolha. O poder de escolha é do usuário, o de conexão de dados é da instituição financeira.

→ Leia também: Open Banking: o que é e como funciona!

Como instituições financeiras tradicionais podem se aproximar das fintechs para firmar parcerias?

A aproximação dos bancos e outros operadores tradicionais do mercado financeiro com as fintechs nem sempre é fácil. Para isso, uma sugestão é buscar auxílio em consultorias especializadas em fazer essa ponte.

A MJV criou o seu Laboratório de Transformação Digital com ênfase em Inovação Aberta em uma das mais importantes universidades do país, a UFRJ. Nosso laboratório fomenta projetos de consultoria com origem em demandas reais de mercados e clientes.

Atuamos como um importante “hub” de conexão entre grandes corporações, PMEs, startups, unidades de ensino e centros de pesquisa da UFRJ, através de seus especialistas, pesquisadores, professores e alunos, com foco no desenvolvimento de novos negócios digitais e promovendo transformação digital.

Que tal, você está preparado para lidar com as fintechs tornando-as parceiros e não concorrentes do seu negócio? Aprofunde-se mais neste assunto baixando agora o e-book Open Banking – A maior transformação do mercado financeiro!

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