Compartilhar:

Categorias:

4 min read

Design Thinking: como criar um Diagrama de Afinidades?

Gerar ideias não é um processo fácil, muito menos organizado, mas o Design Thinking encontrou uma maneira de facilitar essa dinâmica.


Já se deparou com um monte de ideias e informações soltas e se viu perdido e sem saber por onde começar? O Diagrama de Afinidades é perfeito para quem precisa de uma ferramenta de qualidade para organizar o fluxo dos pensamentos e insights das empresas.

Utilizado também como uma técnica complementar ao brainstorming, a dinâmica pode facilitar a visualização de ideias, identificar problemas e ainda aprimorar processos.

Continue lendo para saber como criar um Diagrama de Afinidades para o seu negócio e como ele impacta na assimilação e organização de informações.

O que é o Diagrama de Afinidades?

O Diagrama de Afinidades é uma ferramenta utilizada no Design Thinking, que permite organizar as ideias, principalmente, em uma sessão de brainstorming.

O objetivo é que se possa sistematizar um grande número de informações ou insights para entender qual a essência está por trás daquele conteúdo ou conceito levantado. 

Dessa forma, a proposta é realizar o agrupamento das ideias com base em afinidade, similaridade, dependência ou proximidade. 

Assim, é criado um Diagrama que contém as macro áreas que delimitam o tema a ser trabalhado, suas subdivisões e interdependências.

É possível montar o Diagrama de duas maneiras:

  • Analógica, com a ajuda de papel (post-its funcionam muito bem) e caneta;
  • Digital, com auxílio de uma ferramenta, o Miro é uma ótima opção.
Acesse grátis

Livro Design Thinking: Inovação em Negócios

hbspt.forms.create({ region: “na1”, portalId: “455690”, formId: “06ba1203-399b-4c5d-9b2e-c8b983b5a003” });

Quando e por que usar?

Após as etapas de levantamento de dados da fase de Imersão de Design Thinking, os passos seguintes são análise e síntese das informações coletadas. É aqui que os insights do Diagrama de Afinidades são organizados de maneira a buscar padrões e criar fluxos que auxiliem na compreensão do problema.

Quando há uma grande quantidade de dados provenientes da pesquisa (desk e/ou de campo), como identificar conexões entre temas e de áreas de oportunidade para o projeto? A melhor maneira é visualizá-los.

Ao final da Pesquisa Desk, uma massa de dados é levantada e os achados mais relevantes são capturados em Cartões de Insights

Reuniões posteriores poderão resultar na criação do Diagrama de Afinidades, justamente para identificar padrões e inter‐relações entre esses dados coletados, assim como em sessões de ideação colaborativa para inspirar a geração de ideias.

Na mesa, no chão ou até mesmo fixados, eles podem ser organizados por uma equipe multidisciplinar.

Assista o vídeo que criamos para ilustrar a ferramenta.

Ver para entender. Categorizar para assimilar

Nesse processo de criação do Diagrama são identificados temas, subgrupos e muitas vezes critérios que auxiliam no entendimento dos dados. A organização pode ser reiniciada várias vezes e realizada por diferentes grupos de pessoas dependendo da complexidade do tema e da quantidade de dados. 

O importante é que cada etapa seja registrada e que o resultado final auxilie na compreensão dos dados de campo e contribua para a criação das ferramentas e alternativas que serão usadas na fase ideação.

Exemplo

Com intuito de desenvolver alternativas inovadoras para o monitoramento de pacientes crônicos, o diagrama de Afinidades foi utilizado na análise dos Cartões de Insights gerados durante a pesquisa de um Centro Hospitalar. 

Este processo permitiu a identificação de conexões entre temas e a listagem de nove áreas de oportunidade para o projeto:

  • Hábitos/comportamento dos pacientes; 
  • Prevenção e cuidados; 
  • Relação entre médicos e pacientes;
  • Sistema de saúde; 
  • Família; 
  • Seguradora; 
  • Tecnologia; 
  • Tratamento; 
  • Corretor de planos de saúde.

Após o longo do processo de análise, permeando as áreas de oportunidade, foram também identificados dezoito desafios, posteriormente utilizados na fase de ideação deste projeto.

Como estruturar um Diagrama de Afinidades?

1. Delimite o eixo temático

É comum que o pontapé inicial do Diagrama de Afinidades seja um problema, dor, ou objetivo.

Selecione qual problema ou assunto deverá ser abordado, mas faça de forma genérica a fim de evitar o surgimento de pré concepções ou opiniões já formadas.

2. Defina os participantes

Uma das principais propostas do Diagrama de Afinidades é levantar aspectos distintos sobre um mesmo problema ou ideia. Por isso, pessoas com diferentes perfis e até áreas distintas devem ser convidadas para participar da dinâmica.

As pessoas selecionadas poderão ser divididas em grupos na etapa de organização de ideias. O importante mesmo é garantir perspectivas variadas.

3. Faça brainstorming

Para iniciar, de forma prática, o Diagrama de Afinidades do Design Thinking, é necessário levantar uma grande quantidade de ideias, opiniões e informações. 

Este é justamente o momento de gerar esse material, que será classificado em uma etapa posterior da elaboração do Diagrama.

4. Organize as ideias

Uma vez que os insights foram gerados, começa efetivamente a construção do Diagrama. Ou seja, é nesse momento que você vai fazer uma primeira seleção das ideias para organizá-las. Nesse ponto do processo, você deve agrupar os insights em grandes grupos de conteúdos similares. 

Atenção, este passo também deve ser feito coletivamente. No entanto, recomenda-se que essa organização seja feita de forma silenciosa. Isso aumenta o foco dos participantes, evita longos debates e estimula a colaboração.

A organização deve ser feita baseada sempre por: 

  • Afinidade;
  • Similaridade; 
  • Dependência; 
  • Proximidade

5. Elabore um plano de ação

Com as ideias organizadas talvez você se pergunte o que fazer com elas. Para não morrer na praia, inicie uma discussão a partir do diagrama criado. Agora, tenha como foco desenvolver linhas de raciocínio claras para elaborar um plano de ação a partir das propostas apresentadas.

Vale destacar que o Diagrama, em si, já é suficientemente capaz de apresentar padrões e novas ideias interessantes, mas o ideal é que a dinâmica seja conduzida a uma análise posterior.

Baixe o e-book “Design Thinking – Inovação em Negócios” e saiba como utilizar outras ferramentas bastante úteis da metodologia.

Voltar