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Balanced scorecard: tudo que você precisa saber sobre BSC

Equilibrar métricas, objetivos e metas de uma empresa. E todas juntas! Conheça o potencial do Balanced Scorecard e saiba como ele faz a diferença nas organizações!


Você conhece o método “Indicadores Balanceados de Desempenho”? Então vamos te dar um bom motivo para identificar o balanced scorecard: ele já foi conhecido como “a forma de medir a performance das empresas do futuro”.

E com apenas 3 perguntas vamos detectar se esse tema é importante no seu cotidiano:

  • Você é ou quer ser gestor de projetos, trabalha em ambiente corporativo e/ou tem um negócio próprio.
  • Você sabe o quanto contar com uma boa ferramenta de gestão pode contribuir para alavancar seus resultados.
  • Metas, prazos, resultados, desempenho, objetivos, planos de ação. Ainda é um desafio equilibrar todos esses elementos.

Se você se identificou com algum dos itens acima, você está no lugar certo e precisa seguir até o final. 

Aqui você vai encontrar um guia rápido com tudo o que você precisa saber sobre o balanced scorecard. Boa leitura!

O que é balanced scorecard (BSC)?

O Balanced Scorecard (BSC) é uma abordagem de gerenciamento de desempenho que tem como objetivo principal equilibrar métricas, objetivos e metas de uma empresa. Sim, todas juntas.

Não parece uma tarefa fácil, certo? Por isso, o balanced scorecard se vale de um mapa estratégico que organiza todos esses elementos. 

Logo, com o objetivo de facilitar a gestão dos resultados, o BSC desdobra seu planejamento estratégico em objetivos, metas e ações muito claras. Ou seja, te dá quase um roadmap para o sucesso!

O conceito tem mais de 30 anos. Foi criado no ano de 1988, pela dupla Robert Kaplan e David Norton. 

Além de explicar todo o método de sua ferramenta de gestão, Kaplan e Norton também registraram os resultados de suas pesquisas sobre a implementação do método em uma obra, que publicaram em 1997. 

Dica: Caso você tenha interesse em se aprofundar no assunto, recomendamos a leitura de “A estratégia em ação: balanced scorecard” (Gulf Professional Publishing, 1997). 

Vantagens de utilizar o BSC na sua empresa

“Medir é importante porque o que não é medido não é gerenciado”. Essa é uma das afirmações de Kaplan e Norton em sua obra.

E explicam, ainda, o grande diferencial do balanced scorecard em relação a outras metodologias: ele preserva os indicadores financeiros como a síntese final do desempenho gerencial e organizacional

Por outro lado, também incorpora um conjunto de medidas mais genéricas e integradas, que vinculam o desempenho sob a ótica dos clientes, processos internos, colaboradores e sistemas ao sucesso financeiro a longo prazo.

Ou seja, o BSC considera vários fatores e perspectivas sobre o negócio (não somente o financeiro e o contábil) e busca equilibrar diferentes indicadores para medir o desempenho.

Sem contar que uma das características mais fortes do BSC é poder ser aplicado em qualquer negócio para aprimorar a gestão.

Vamos entender suas perspectivas e principais indicadores no próximo item. Confira!

As 4 perspectivas e principais indicadores do BSC

O balance scorecard é fundamentado em quatro perspectivas. Cada uma delas é mensurada por meio dos seus respectivos KPIs.

Isso permite que o BSC seja adotado como ferramenta de gestão a qualquer momento dentro da realidade do negócio. 

O mais importante é entender que o BSC só começa a tomar forma quando os seus objetivos estratégicos forem devidamente encaixados em cada uma dessas perspectivas

Além disso, também são esses objetivos que vão nortear a escolha dos KPIs. 

Ou seja, tudo precisa estar amarrado e muito bem definido para que as perspectivas estejam completamente relacionadas com as suas metas estratégicas. Vamos entender melhor cada uma delas!

1. Financeira

Apesar do BSC ir além dessa perspectiva, o financeiro continua sendo um indicador de desempenho essencial. 

O que avalia: 

  • Objetivos financeiros de curto prazo;
  • Objetivos financeiros de médio prazo;
  • Objetivos financeiros de longo prazo.

Todos estão baseados nas expectativas de acionistas e investidores.

Principais indicadores:

  • Rentabilidade;
  • ROI;
  • EVA;
  • Crescimento da receita;
  • Lucros;
  • Diminuição dos riscos.

2. Cliente

A perspectiva do cliente é uma das mais importantes não só para avaliar o desempenho do negócio, mas também para nortear estratégias para conquistar seu target.

O que avalia: 

  • Satisfação e retenção dos clientes;
  • Aquisição de novos clientes;
  • Participação no mercado.

Principais indicadores:

  • Percentual de clientes;
  • Ticket médio;
  • Porcentagem do mercado;
  • Satisfação dos clientes;
  • Churn rate;
  • Quantidade de novos clientes;
  • Aceitação de produto ou serviço;
  • Proporção entre lucro e custo para aquisição e manutenção dos clientes.

3. Processos internos

Está diretamente ligada com a qualidade. Ou seja, foca nos processos internos que podem melhorar (sim, estamos falando de melhoria contínua). 

O que avalia: 

  • Operação;
  • Inovação;
  • Pós-venda.

Principais indicadores:

  1. Adote métricas de desempenho internas, que podem utilizar indicadores como compliance, tecnologia, produtividade, taxa de defeitos em peças (não-conformidade), taxa de acertos, retrabalho etc.

4. Aprendizado e crescimento

 A 4ª perspectiva do BSC está ligada ao conhecimento e experiência que uma empresa precisa para alcançar seus objetivos e metas.

O que avalia: 

  • Nível de desenvolvimento da empresa 

Principais indicadores:

  • Nível de engajamento dos funcionários;
  • Qualidade e periodicidade dos treinamentos internos;
  • Gestão de competências;
  • Gestão do conhecimento;
  • Grau de satisfação dos colaboradores;
  • Rotatividade de colaboradores (turnover);
  • Produtividade dos colaboradores.

Leia também: A importância da Gestão do Conhecimento no seu negócio

Como fazer o mapa estratégico BSC?

Essas 4 perspectivas juntas formam o mapa estratégico do BSC, o roadmap para o sucesso que falamos lá no começo.

E o chamamos assim porque, na prática, ele é exatamente isso: uma rota para atingir o destino final.

Na prática, é preciso definir as metas, determinar os planos e medir o progresso para saber quanto (e o que) falta para chegar lá!

Se você acha que isso é muito difícil, está enganado. O mapa é algo bem simples de ser feito. Inclusive pode ser feito a mão e deve caber em apenas uma página. 

Passo 1) Construa quatro barras horizontais

Você vai utilizar uma para cada perspectiva. Para isso, você pode utilizar uma caneta ou dobrar a folha ao meio e depois dobrar novamente de forma que fique dividida em 4 partes. 

Dessa forma:

→ Financeira

→ Cliente

→ Processos internos

→ Aprendizado e crescimento

Passo 2) Escreva os objetivos

Desenhe um balão, caixa ou até mesmo utilize um post-it em cada tira para escrever os objetivos. Você pode dividi-lo em categorias, se preferir.

Passo 3) Conecte 

Conecte os balões, caixas ou post-its entre as faixas. Utilize setas para deixar clara a conexão entre um e outro. 

O planejamento estratégico do BSC tem a característica marcante de ser interdependente. Logo, é fundamental que exista essa relação direta de causa e efeito entre as metas. 

Top 6 dicas para aplicar o BSC

1. Faça a análise de acordo com a sua realidade

Identifique os parâmetros corretos para mensurar e analisar de acordo com a realidade da sua corporação. 

Não caia na tentação de pegar o caminho mais óbvio e utilizar objetivos pré-estabelecidos que não se conectam com o seu negócio.

2. Tenha confiança nos objetivos que foram traçados

Não fique inseguro no meio do caminho. Se isso acontecer, lembre-se da frase de Lewis Carroll: “Para quem não sabe onde ir, qualquer destino serve”.

3. Defina uma abordagem prática para usar o BSC

E garanta que a ferramenta realmente faça a diferença dentro da sua corporação, contribuindo para alcançar os objetivos e metas.

4. Acredite no BSC

Para isso, aplique o passo a passo corretamente. Não utilize atalhos, nem poupe trabalho ao pular etapas. 

Depois disso, pode ter certeza que os resultados serão seguros. Deixe a ferramenta dizer o que está errado (ou o que pode dar errado) e confie nela. 

5. Torne o BSC uma ferramenta estratégica

E, depois disso, o caminho natural será inserir o BSC no processo de tomada de decisão. 

6. Peça ajuda de especialistas

Se você não tem conhecimento em ferramentas de gestão, peça ajuda para especialistas!

Aqui na MJV, utilizamos muitas ferramentas diferentes, com objetivos variados. Temos uma cultura de testar, avaliar e validar. Somente assim podemos errar rápido para acertar mais rápido ainda.

E, nessa missão, o DT e o Ágil ajudam bastante para o sucesso de todos os nossos projetos, inclusive o balanced scorecard.  

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