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O que é Lean UX e por que usar em projetos?

O foco é na experiência do usuário e não nos produtos ou serviços que serão disponibilizados ao consumidor.


Lean UX é uma técnica extremamente útil quando se trabalha em projetos de desenvolvimento ágil. É UX feito de uma forma muito mais ágil, pois é enxuto (lean). 

As técnicas de user experience tradicionais muitas vezes não funcionam quando o desenvolvimento é realizado em rajadas rápidas ou não há tempo suficiente.  

Lean UX e outras formas de UX têm o mesmo objetivo em mente: fornecer melhor experiência ao usuário. 

Confira neste artigo o que é o Lean UX, quais seus principais fundamentos e como implementá-lo na prática.

O que é Lean UX?

De maneira simplificada, Lean UX é uma metodologia de design para desenvolvimento de softwares e produtos em ambientes ágeis.

Basicamente, o Lean UX foca na experiência do projeto do que somente em resultados como o UX tradicional. Ele também exige um maior nível de colaboração com toda a equipe e seu objetivo central é se concentrar na obtenção de feedbacks o mais cedo possível para que decisões rápidas sejam tomadas. 

E isso está em total consonância com a natureza do desenvolvimento ágil, que trabalha em ciclos rápidos e interativos (isto é, não lineares e que se repetem).

Os benefícios do método para experiência do usuário são:

  • Agilidade na geração de ideias;
  • Certificação de viabilidade;
  • Aumento das chances de sucesso do projeto;
  • Menos desperdício;
  • Menos refação.

Sinergia entre Lean Startup, Ágil e Design Thinking

Lean UX tem uma influência muito forte de Lean Startup, mas não para por aí, outras metodologias também possuem sinergia com o método.

O contexto de incerteza do Lean Startup (dúvidas sobre o que as pessoas querem, se irão comprar e o que o produto precisa ter) é trazido para projetos de Lean UX. A ideia é que se entenda o quanto antes se realmente os usuários vão adquirir e utilizar o produto.

Por isso, o Lean UX também tem a influência de outros dois conceitos: o desenvolvimento ágil e o Design Thinking. 

→ Você também pode se interessar por: Lean inception: conheça a metodologia por trás de um MVP de sucesso

Desenvolvimento Ágil

Como no desenvolvimento ágil a ideia é entregar softwares funcionando da forma mais rápida possível, os princípios do Ágil também são assimilados na metodologia do Lean UX. São eles:

  1. Indivíduos e interações sobre processos e ferramentas;
  2. Software que funciona sobre documentação extensa (mínima);
  3. Colaboração de clientes sobre negociação de contratos (cliente participa de todas as etapas de desenvolvimento);
  4. Resposta a mudanças sobre seguir um plano (flexibilidade para fazer mudanças rápidas).

Design Thinking 

No Design Thinking, todo o aspecto de negócio pode ser abordado com métodos de design. Isso dá aos designers a liberdade de atuação de uma forma muito mais ampla ao mesmo tempo em que pessoas que não são designers podem abordar seus problemas com métodos de design. 

O Design Thinking encoraja as equipes a colaborarem entre diferentes papéis e considerarem o produto de design sob uma perspectiva holística.  

Ou seja, todas as áreas têm o entendimento de tudo que faz sentido no projeto; os desenvolvedores entendem as demandas de design e marketing, os analistas de marketing compreendem as demandas do desenvolvimento. Assim, todos trabalham de forma mais sinérgica para a criação da mesma solução.

Além disso, a abordagem do projeto é focada em soluções de forma iterativa — a iteratividade, inclusive, é uma característica compartilhada entre Design Thinking, o desenvolvimento ágil e Lean UX. A ideia é entregar pequenos pacotes de forma constante e ir refinando a solução até que ela se torne consistente.   

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15 fundamentos do Lean UX

1. Equipes multifuncionais 

A junção de engenheiros de software, gerentes de produtos, designers de interação, designers visuais, gestores de conteúdo, Marketing e Controle de Qualidade (QA, sigla em inglês) para tornar as equipes mais multifuncionais e multidisciplinares.

2. Pequena, dedicada e alocada 

Equipes pequenas, com no máximo 10 pessoas, dedicadas a um projeto e trabalhando no mesmo local. Assim, melhora-se a comunicação e há um foco nas mesmas prioridades.

3. Resultados, não produção 

Funcionalidades e serviços traduzem-se em produção. As metas de negócios que estes devem atingir são os resultados. Lean UX mensura progresso em termos de resultados de negócios explícitos e definidos. Gerenciando resultados e o progresso feito em direção a eles, a equipe ganha noções sobre a eficácia das funcionalidades que está construindo.

4. Equipe focada em problemas 

Destinada a resolver problemas de negócio, em oposição a um conjunto de funcionalidades a programar. Essa é a extensão lógica do foco em resultados. O que permite que a equipe traga suas próprias soluções, gerando um sentimento profundo de orgulho e propriedade das soluções que a equipe implementa. 

5. Remoção de desperdício 

Um dos principais dogmas em Lean Manufacturing é a remoção de tudo o que não leve à meta final. Em Lean UX, a meta final é aprimorar resultados, e o que não contribua para isso é considerado desperdício, devendo ser removido dos processos da equipe. Os recursos são limitados; logo, quanto mais desperdício a equipe puder eliminar, mais rápido poderá se mover.

6. Pequena quantidade 

Apenas o design que é necessário para mover a equipe à frente, e evitando grandes inventários de ideias não testadas e não implementadas, é criado. 

7. Anti-padrão: rockstars, gurus e ninjas 

Lean UX defende uma mentalidade baseada em equipe. Rockstars, gurus e ninjas, ou outros especialistas de elite quebram a coesão da equipe e destroem a colaboração. 

8. Aprender antes de crescer 

Como é difícil imaginar a coisa certa a fazer e escalar o negócio em volta disso ao mesmo tempo, o Lean UX favorece o foco primeiro no aprendizado e depois no crescimento. 

9. Saindo do negócio dos entregáveis 

Lean UX foca o processo de design longe dos documentos que a equipe está criando para perto dos resultados que está atingindo. Com alta colaboração entre equipes multifuncionais, conversas com stakeholders tornam-se menos sobre qual artefato está sendo criado e mais sobre quais resultados estão sendo atingidos. 

10. Entendimento compartilhado 

O time busca entender coletivamente o que está fazendo, porque depende menos de documentos detalhados para continuar seu trabalho. 

11. Descoberta contínua 

É o processo em andamento para engajar o usuário durante o design e desenvolvimento. Esse engajamento é feito por meio de atividades regularmente agendadas, usando métodos quantitativos e qualitativos. A meta é entender o que os usuários estão fazendo com os produtos e por que estão fazendo. Pesquisas envolvem a equipe toda. Finalmente, como a equipe aprende junto, é reduzida a necessidade de documentação e reuniões de alinhamento.

12. GOOB: A nova centralização no usuário

GOOB é um acrônimo que o professor da Universidade de Stanford, Steve Blank, chama de getting out of the building. Ele defende que debates em sala de reunião sobre as necessidades dos usuários não precisam ser concluídos dentro do escritório. Ao invés disso, as respostas estão no mercado, fora do prédio.

13. Externalize o trabalho

Equipes usam quadros brancos, painéis, cartazes e post-its para expor o progresso do seu trabalho para seus colegas, clientes e parceiros de projeto. Ao externalizar, as ideias fluem da equipe para as paredes permitindo que todos vejam onde a equipe está. Isso permite também que todos os membros do time, mesmo os mais quietos, participem nas atividades de troca de informações.

14. Fazer em vez de analisar

Existe mais valor em criar uma primeira versão de uma ideia do que gastar meio dia debatendo seus méritos em uma sala de conferência. A resposta às questões mais difíceis que a equipe irá enfrentar serão encontradas em campo, por meio dos clientes. Em ordem de ter essas respostas, as ideias precisam ser concretizadas, algo precisa ser feito para que os clientes respondam a isso.

15. Permissão para falhar

Para encontrar a melhor solução para um problema do negócio, equipes de Lean UX precisam experimentar novas ideias. A maior parte delas irá falhar. A equipe precisa estar segura para falhar se quiser ser bem sucedida. Isso significa que o time tem um ambiente seguro para fazer experimentos. Essa filosofia gera cultura de experimentação. Experimentação gera criatividade. Criatividade, a seu tempo, gera ideias inovadoras.

Como a metodologia funciona na prática?

Lean UX é uma metodologia mão na massa. O objetivo é justamente sair de uma realidade muito focada no comportamento e análise de requisitos e ir para um ambiente de hipóteses e prototipação.

Confira agora um passo a passo de como implementar o Lean UX no seu negócio.

1. Tenha equipes multidisciplinares

A colaboração representa muito bem o conceito de Lean UX, pois é um método verdadeiramente colaborativo. E para colocá-lo em prática é necessário ter equipes multidisciplinares. 

Também é interessante que o foco da equipe esteja nas metas de negócio e não em funcionalidades. 

2. Valide as ideias

Para a metodologia funcionar, é preciso existir uma forma constante de validação das ideias geradas, pois as respostas estão no mercado e não internamente. 

Ou seja, no lugar de longas reuniões, são gerados protótipos rápidos que são apresentados ao mercado para entender o que funciona ou não.

3.  Resultados são importantes

Para a aplicação do Lean UX, primeiro é preciso estimular essa nova mentalidade. Depois, é preciso que, culturalmente, a empresa tenha propensão a visualizar mais os resultados de negócio almejados no projeto do que somente a entrega de funcionalidades. 

4. Prototipe!

Lean UX é uma metodologia que prioriza a agilidade com menos ênfase nos entregáveis e mais foco para a experiência em si do que está sendo projetado ao cliente final.

Dessa forma, seu objetivo é ter o protótipo para validar internamente e testá-lo externamente o mais rápido possível.

5. Busque ajuda

O mais indicado quando se trata de utilizar métodos como Lean UX, Design Thinking e métodos ágeis é a busca de uma consultoria especializada como a MJV. Cada caso é um caso e precisa ser trabalhado da forma mais minuciosa possível e isso é trabalho para especialistas com background.

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