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O que é API e como aproveitá-la no seu negócio?

API é uma abreviação em inglês para Application Programming Interface e diz como os elementos de um software vão interagir.


As APIs surgiram nos primórdios da ciência da computação, como bibliotecas para sistemas operacionais, permitindo compartilhamento e alteração de código. E, ainda que fosse usadas para enviar mensagens entre mainframes ocasionalmente, sua função era essencialmente transmitir dados entre ambientes locais.

O uso dessas interfaces como conhecemos hoje, baseado em protocolos abertos, é recente e tomou forma quase três décadas depois. Fato é que essas ferramentas superaram os ambientes locais e tornaram-se bastante relevantes na integração remota de dados.

Quer saber no detalhe o que são as APIs e como elas podem ser valiosas para o seu negócio? Então continue conosco até o fim desse artigo!

O que é API?

APIs são interfaces de programação que conectam plataformas ou programas, realizando as requisições e comunicação de dados entre elas. Elas delimitam um conjunto de normas e rotinas que estabelecem protocolos por meio dos quais essas plataformas vão interagir.

As interfaces de programação garantem a comunicação entre diversos tipos de códigos, definindo comportamentos específicos que terão entre si. O objetivo é facilitar a integração entre diferentes soluções, de forma que desenvolvedores possam utilizar funcionalidades prontas em outras aplicações.

Ok, mas por que uma API é criada?

Uma API tem origem quando uma empresa de software tem como objetivo servir de base para que desenvolvedores (de outras empresas ou independentes) criem novas soluções a partir do seu serviço.

Elas podem ser privadas — quando o principal objetivo é a monetização da interface — ou públicas quando a meta é obter brand awareness sobre o lançamento de um produto de código aberto, que gere benefício para a comunidade da programação.

Dessa forma, APIs são como pontes por meio das quais as empresas podem aproveitar serviços de terceiros na implementação de soluções de autoria própria.

Quando falamos de APIs, há 2 pontos de vista:

  • Empresas que promovem Inovação Aberta, como o Google, que disponibiliza plugins como o Google Maps, para uso em qualquer site ou plataforma.
  • Empresas que desejam, entre outras coisas, reduzir o tempo de lançamento de novas soluções no mercado, aproveitando códigos prontos.

Neste artigo, estamos falando mais conceitualmente sobre APIs. Mas, para contemplar os entusiastas do open source, no fim do texto há uma contextualização sobre o valor dessas interfaces de programação para a Inovação Aberta!

Por que usar APIs?

De forma simples, investir em APIs significa simplificar o trabalho dos desenvolvedores, pois permite que uma solução possa ser incrementada com códigos prontos, sem a necessidade de programar do zero cada função que seu programa/aplicação precisar executar.

Cada vez mais, o uso de APIs ganha força na adição de funcionalidades prontas para criar melhores experiências em novas soluções. Por esses e outros motivos, as APIs estão em todo lugar.

A multiplicação dos sistemas de pagamento online são uma evidência da massificação das funcionalidades das APIs automáticas e surfa na onda da tendência da “API-ficação” na programação. Aliás, as fintechs são prolíficas nisso (você vai ver mais sobre isso aqui).

O Google Maps é outro grande exemplo de API. Por meio de seu código original, um sem número de outros sites e aplicativos utilizam os dados do mapa para embedar o componente em suas próprias soluções.

Isso é facilmente perceptível quando você acessa apps como Airbnb ou QuintoAndar, por exemplo, nos quais é possível visualizar dentro dos próprios aplicativos os mapas do Google para saber a localização do estabelecimento que vai se hospedar ou apartamento a alugar.

O mesmo acontece com aplicativos como Waze, Uber, entre outros. Procedimentos como esses são realizados por meio de APIs. 

E quais são as vantagens do uso de APIs, sejam elas públicas ou não?

  • Maior controle sobre as permissões de acesso a software e hardware.
  • Novos fluxos de receita, como a monetização das APIs.
  • Agilidade na integração entre sistemas e aplicações
  • Diminuição do tempo de coding dos desenvolvedores.
  • Melhora a experiência dos produtos digitais.
  • Simplificação dos processos internos.
  • Redução do time-to-market de soluções digitais.

Quais são os tipos de APIs?

As APIs podem ser de 3 tipos:

  • API fechada/privada: quando a API é usada apenas internamente, oferecendo às empresas maior controle sobre as interações e soluções.
  • API compartilhada: quando a API é compartilhada com parceiros de negócios.
  • API aberta/pública: quando a API é disponibilizada para todos e qualquer programador pode desenvolver soluções que interajam com ela, gerando oportunidades de Inovação Aberta.

Qual a diferença entre API e webservice?

Há uma dúvida comum entre os entusiastas da programação — a diferença entre APIs e os chamados webservices. Para início de conversa, precisamos estabelecer o seguinte: todo webservice é uma API, mas nem toda API é um webservice.

Confuso né? Calma, a gente te explica o porquê!

Os webservices são um tipo de API que utiliza um modelo de integração anterior ao que conhecemos atualmente. Eles têm, entretanto, limitações em relação às interfaces mais modernas, sendo considerados os antecessores das Application Programming Interfaces.

Um ponto positivo dos webservices: são geralmente combinados para a execução de requisições complexas, principalmente as que usam o protocolo HTTP (Hyper Text Transfer Protocol), aquele mesmo, famoso, responsável pela transferência de dados na internet, em sites com estrutura de código HTML.

E como as APIs funcionam na prática?

Sobre as APIs, podemos dizer que são versões mais avançadas e flexíveis em relação aos webservices, mas diferenciam-se fundamentalmente pela possibilidade de fazer sistemas se comunicarem ainda que utilizem linguagens de implementação diferentes.

Portanto, se você estiver usando uma API, o cliente de dados não precisa saber qual procedimento requisitar no servidor. Você apenas insere o comando e o sistema já sabe que resultado você quer com aquilo. Não é magia, é tecnologia. Mais avançada.

Em comum, ambas podem operar dentro de máquinas ou redes. Entretanto, a literatura da programação indica que webservices operam melhor em contextos em que as interações se dão de máquina para máquina, enquanto as APIs são mais eficientes, por exemplo, quando a comunicação acontece de software para software.

O futuro das APIs

Há quem diga que, no futuro, toda inovação será aberta, pois não fará mais sentido que empresas assumam sozinhas os riscos de inovar (e a inovação deverá ser cada vez mais impactante e escalável) pela promessa de ficar com o lucro apenas para si.

Em resumo, o futuro parece ser “open source”.

A Inovação Aberta acontece quando uma organização não depende apenas de seu próprio conhecimento interno, fontes e recursos para criar novos produtos, serviços, modelos de negócios e processos. No lugar disso, a empresa também usa fontes externas (parcerias com startups, universidades, entre outros) no processo de P&D.

Como dissemos mais cedo, Dentro disso, emergem alguns conceitos oriundos da Inovação Aberta, como o Open Banking – um dos melhores exemplos de implementação de um ecossistema de API aberta, capitaneado pelas fintechs.

E é aí que entram as APIs abertas: o coração dessa transformação do setor bancário. A solução de Open Banking promete mudar o sistema financeiro por meio da criação de uma base de dados padronizada. As empresas, passariam assim, a trocar informações para desenvolver soluções mais aderentes, aquecendo a concorrência.

A abordagem ganha cada vez mais relevância no mercado, reforça a ideia de um ecossistema financeiro aberto e mergulha de cabeça na tendência da API-ficação do setor. Daqui para a frente, a previsão é de que serviços bancários de plataforma aberta, APIs públicas e aplicações terceirizadas dêem as cartas no segmento.

Qual é a importância prática de abrir as APIs?

Compartilhar APIs com parceiros ou de fato abri-la ao público, gera uma série de efeitos positivos e retroalimenta o mercado das APIs, facilitando a criação de novas soluções a partir de outras já existentes.

Abrir a tecnologia amplia o reconhecimento de marca e estimula programadores e desenvolvedores a criar um ecossistema de aplicações com base na sua API.

E quanto mais pessoas usam essa API, maior a chance de gerar novos negócios.

Ainda no exemplo do sistema financeiro, no caso dos bancos, que são enormes plataformas geradoras de insumos informacionais, uma infinidade de dados passam a fazer parte de um ecossistema coletivo (como os sistemas de score bancário).

As APIs abertas possibilitam uma análise mais sofisticada de um grande volume de dados por meio das tecnologias emergentes. Isso é uma ótima oportunidade para converter

insights em soluções mais aderentes.

A construção coletiva de um sistema (seja ele qual for) essencialmente aberto tem o potencial de criar novos patamares competitivos e impulsionar a inovação a partir de uma mudança no processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Esse parece ser o futuro. E esse é o tamanho do papel das APIs abertas de agora em diante.

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