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Envelhecimento populacional: como alguns mercados estão aproveitando esse cenário

Segundo a Organização das Nações Unidas, até 2050 o número de pessoas com 60 anos ou mais deverá dobrar em todo o mundo.


No Brasil, o ritmo de envelhecimento populacional também vem acelerando. A esperança de vida geral saltou de 45,5 em 1940 para 75,5 anos em 2015. 

Não há dúvidas, o envelhecimento populacional é uma realidade com a qual não só as organizações governamentais e ONGs vão ter que lidar, mas também todas empresas que querem a liderança de seus mercados.

E o seu negócio? Está preparado para lidar com um grande número de clientes de cabelos grisalhos? 

Nesse artigo, trazemos uma série de exemplos de segmentos do mercado que já trabalham para driblar os desafios e aproveitar as oportunidades do envelhecimento da população global.

As oportunidades que o envelhecimento populacional traz a diferentes mercados

Já existe todo um mercado voltado para as pessoas desse target. De casas inteligentes a serviços inovadores, de aprendizagem ao longo da vida (em campus tradicional e online) a novas ofertas em alimentação, trânsito e viagens, um vasto e lucrativo mercado para novos produtos, serviços e inovações está sendo aberto.

Alguns setores têm trabalhado com mais afinco nisso, como você vai ver a seguir. 

Setor de serviços financeiros

O setor de serviços financeiros é um exemplo de sucesso quando o assunto é atendimento às pessoas mais velhas — principalmente aquelas que planejam a aposentadoria. 

À medida que clientes se preparam para vidas mais longas, a aposentadoria continua sendo um poderoso impulsionador do crescimento. Mas um mercado financeiro para trabalhadores e empreendedores mais velhos está se expandindo rapidamente também. 

Impulsionado por ativos financeiros controlados por investidores com mais idade, esse segmento do mercado de longevidade simplesmente não pode ser ignorado. E isso faz todo sentido uma vez que, segundo um estudo feito pela Morgan Stanley, as pessoas com 60 anos ou mais detêm a maior parte da riqueza em todo o mundo e 70% do rendimento disponível nos EUA.

De olho nisso, o Bank of America Merrill Lynch está treinando sua força de trabalho para entender as necessidades de seus clientes mais velhos. O banco reconhece que o aumento da longevidade leva a novas escolhas de cuidados de saúde, problemas de moradia e questões sobre aposentadoria e segurança financeira. 

Realizado em parceria com a USC Leonard Davis School of Gerontology, o programa de treinamento de longevidade da empresa ensina consultores financeiros sobre as experiências, prioridades e metas dos idosos.

Gigantes da tecnologia

Por fim, vale o destaque para as empresas da indústria de TI, que estão sempre entre as que mais investem em inovações. Todos os estudos sobre o tema do envelhecimento populacional as citam como cases de sucesso no aproveitamento desse público.

Um exemplo é a Intel, que está trabalhando em um software de acesso à Internet que sinaliza problemas de saúde, e projetos como permitir que wearables analisem e comuniquem dados de saúde mais rapidamente do que nunca através de conexões de internet 5G. 

Varejo 

Com lares mais compactos e apetites moderados, os idosos fazem compras com mais frequência, porém menores, favorecendo o setor de lojas de conveniência. A tendência já está sendo vista na Europa, onde varejistas de grande formato como Tesco, Carrefour e REWE estão abrindo lojas também menores.

Algumas adaptações relativamente simples podem potencializar as vendas. Por exemplo, “a cadeia de lojas de conveniência Lawson do Japão renovou unidades em áreas com alta concentração de idosos, ampliando corredores, baixando prateleiras e estocando mais produtos que atraem os consumidores mais velhos”.

Mercado fitness brasileiro

Por fim, um dado bastante curioso: o número de idosos que frequentam academias de ginástica vem aumentando vertiginosamente no Brasil. E os empreendimentos desse ramo têm investido nessa nova realidade. 

Um recente estudo elaborado pela Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), em parceria com a PUC-SP e a PUC-RJ, apontou que o número de pessoas com mais de 60 anos que “malha” regularmente aumentou de 5% para 30% na última década, ajudando a aquecer um mercado que movimenta cerca de R$ 600 milhões por ano no país.

Como você viu, já há diversos setores se preparando para lidar com o envelhecimento populacional. O que até pouco tempo era visto como um grande problema, tem se mostrado um campo de oportunidades. Obviamente, isso requer conhecimento e planejamento. 

E a sua empresa, está antenada nas mudanças profundas que o envelhecimento populacional está causando? 

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