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Entenda o que é Edge Computing e suas aplicações

Você já deve ter percebido que tecnologias como IoT, Realidade Aumentada e Realidade Virtual vieram para ficar. Acontece que enfrentamos uma série de desafios ligados à conectividade e ao tráfego de dados. Entenda como a Edge Computing resolve esse problema.


Com o avanço da Internet das Coisas — assim como tecnologias ligadas à Realidade Aumentada e Realidade Virtual —, mergulhamos em um universo de dados nunca antes visto. Com isso, a demanda por processamento aumentou. A solução? Edge Computing — ou, se preferir, computação de borda.

Como essa tecnologia pode ajudar? Quais os benefícios? Por que é uma tendência no mercado? A seguir, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse conceito. Acompanhe com a gente.

Afinal, o que é Edge Computing?

Edge Computing é uma tecnologia que utiliza micro data centers para armazenar e classificar dados localmente, próximo do usuário — daí surge o conceito da borda ou edge, em inglês. A tecnologia promete sanar uma série de obstáculos que temos para popularizar novas tecnologias.

Vamos a um exemplo? 

Quando falamos sobre dispositivos inteligentes, os dados armazenados por eles são enviados para a nuvem. Com a computação de borda, todos esses dados passariam a ser processados ou classificados ali mesmo, no próprio dispositivo ou em dispositivos intermediários próximos. 

Pode servir como uma espécie de triagem para reduzir o tráfego e o envio de dados. Em casos específicos, pode processá-los no próprio dispositivo de origem.

Como pode ver, o motivo para a popularização desse termo se deve a outras tecnologias emergentes, como IA, IoT, Realidade Aumentada e Virtual, que dependem de questões como a latência e o processamento de dados para que se tornem mais efetivas.

Como funciona na prática?

Como vimos, um dos grandes benefícios da Edge Computing é o fato de que os dados são gerados pelo próprio dispositivo ou por um dispositivo intermediário, chamado de gateway. Os dados ainda podem ser enviados para a nuvem, mas criamos uma triagem do que será enviado para a central.

O problema é latência? Banda? Tráfego de dados? Esses são apenas alguns desafios que a Edge Computing ajuda a resolver. Já podemos visualizar uma série de aplicações para a tecnologia. Vamos acompanhar algumas delas?

Realidade Aumentada e Virtual

Um dos grandes desafios dessas tecnologias é que, muitas vezes, a lentidão e os atrasos de processamento atrapalham a imersão da experiência. A latência precisa ser a menor possível nesses casos.

Com a Edge Computing, todo esse processo acontece de maneira mais inteligente, com uma drástica redução do tráfego de dados e, consequentemente, de latência.

Internet das Coisas

Carros autônomos, indústrias totalmente automatizadas e até cidades inteligentes. Em todos esses casos, a latência também precisa ser reduzida — já parou para imaginar se um carro demorar para calcular um desvio de rota?

Nesse caso, a computação de borda ajuda a processar os dados e melhorar a velocidade de tomada de decisão desses dispositivos.

Operação ininterrupta

Quando possuímos instalações principais e regionais, ligadas à nuvem, corremos o risco de interromper as operações caso aconteçam problemas nas primeiras. Ao distribuir o poder de computação na borda, cada uma das instalações regionais mantém maior autonomia.

Além disso, também reduzimos vários custos associados à largura de banda, já que a movimentação desses dados será reduzida.

Proteção de dados

Outro benefício é que as empresas passarão a ter um controle maior do tráfego dos dados. Isso acontece porque a capacidade de processamento passa a ser local.

Isso ajuda a atender políticas regulatórias, como a LGPD e a GDPR, por exemplo. Assim, podemos trabalhar em questões como segurança, privacidade e proteção de dados.

Edge Computing vs. Cloud Computing

Há quem coloque a Edge Computing e Cloud Computing como tecnologias concorrentes. Embora sejam conceitos diferentes, o fato é que a Edge Computing e a Cloud Computing devem atuar de maneira complementar, pelo menos em um primeiro momento.

A Cloud Computing, como sabemos, utiliza a internet para hospedar recursos e programas na nuvem. Foi fundamental para que pudéssemos escalar e compartilhar dados com mais eficiência, sem a necessidade de um computador pessoal ou servidor local. O passo foi importante para o mundo da internet.

A Edge Computing teria a função complementar de classificar dados e, em alguns casos, processá-los ali mesmo. A Cloud, por outro lado, ainda ajudaria com os dados que precisam de uma capacidade de processamento maior. 

Além disso, a nuvem também está se adaptando às novas necessidades. É o caso da Cloud Distribuída, que se aproveita do conceito da Edge e aplica à infraestrutura de Cloud Pública.

Quais os benefícios da Edge Computing?

Pelo que viu até aqui, já é possível prever que a Edge Computing pode proporcionar uma série de benefícios para as empresas, certo? Vamos conferir alguns deles?

  • Diminuir limites de largura de banda;
  • Diminuir impactos de falhas de serviço;
  • Reduzir os custos de uma rede;
  • Diminuir a latência;
  • Aumentar o controle sobre o tráfego dos dados;
  • Melhorar a proteção dos dados sensíveis;
  • Reduzir atrasos de transmissão.

Como podemos ver, esses são benefícios que podem ser utilizados em vários campos, não somente na área de IoT. A Edge Computing parece ser inevitável quando consideramos que estamos gerando mais dados do que nunca.

Sim, a tecnologia veio para ficar. Junto com a 5G, é possível testemunhar a aceleração das transformações que já estamos observando nos últimos anos. 

Câmeras de segurança seriam capazes de filtrar o que seria importante jogar para a nuvem. A IoT, por outro lado, finalmente se tornará realidade e teremos um mundo repleto de objetos conectados e inteligentes. É possível que vivenciamos uma mudança de paradigmas por conta da Edge Computing.

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