Brainwriting: conheça a técnica para gerar novas ideias
O brainwriting é um método alternativo ao brainstorming que promete uma série de benefícios adicionais. Vale a pena conhecer!
Você sabia que existe um método alternativo ao brainstorming? Ele é chamado de brainwriting e, em muitos casos, se mostra ainda mais eficaz quando o assunto é gerar novas ideias em um curto período de tempo.
Se você nunca ouviu falar sobre esta técnica, vale a pena conhecê-la. Ao expor menos as pessoas em comparação ao tradicional brainstorming, ela tem se tornado bastante querida entre os profissionais introvertidos.
Se interessou e quer saber mais? Então vem com a gente!
O que é brainwriting?
Como dissemos anteriormente, o brainwriting, assim como o brainstorming, é uma técnica de geração de ideias. A diferença é a forma como esse levantamento é feito.
Em reuniões de brainstorming, os times promovem uma “tempestade de ideias” buscando soluções para um ou mais problemas. Aqui, as ideias são expostas em voz alta, sem filtros.
Já no caso do brainwriting, como o próprio nome indica, os participantes devem escrever suas ideias sobre um assunto específico ao invés de verbalizá-las.
Funciona da seguinte forma: de modo silencioso, o primeiro participante deve escrever suas ideias e passá-la para a próxima pessoa da equipe. Essa pessoa, por sua vez, acrescentará novas ideias àquelas que já foram dadas e passará o papel adiante.
Ao final deste ciclo, todas as ideias listadas devem ser discutidas pela equipe. Trata-se, portanto, de uma construção coletiva.
Justamente por evitar essa exposição inicial das pessoas envolvidas, o método costuma fazer bastante sucesso entre os profissionais mais introvertidos, que não se sentem tão seguros para exporem suas opiniões em alto e bom som.
Vantagens da técnica
Os benefícios proporcionados pelo brainwriting vão muito além de deixar os participantes mais confortáveis para darem contribuições significativas, sem se sentirem tão pressionados. Essa é apenas a pontinha do iceberg.
No geral, esse método de geração de ideias também se destaca por ser mais:
- Organizado
Justamente por ser mais silencioso, o brainwriting costuma ser mais organizado do que o brainstorming tradicional.
Além disso, todas as ideias ficam registradas em um único lugar, evitando que algumas delas se percam em meio às discussões.
- Democrático
Apenas reforçando o que já dissemos: o brainwriting é uma abordagem mais inclusiva e democrática para a geração de ideias porque confere a mesma oportunidade a todos os participantes, até mesmo os mais tímidos ou menos experientes.
Uma vez que as ideias são escritas de forma sigilosa, a técnica também reduz a ansiedade social e a concorrência durante as reuniões.
- Criativo
Ao eliminar as tensões e a competição por atenção, a técnica se propõe a estimular fortemente a produção de ideias mais diversificadas e criativas.
Para se ter uma noção, uma sessão de meia hora de brainwriting é capaz de gerar mais de 100 ideias totalmente novas.
- Tecnológico
Por último, o brainwriting está totalmente alinhado às exigências tecnológicas dos tempos atuais, podendo ser facilmente realizado, por exemplo, entre times remotos.
Neste caso, as ideias podem ser compartilhadas por meio de uma planilha e discutidas posteriormente em uma chamada de vídeo.
Quando usar o brainwriting?
Assim como o brainstorming, o brainwriting pode ser utilizado em diversos projetos, como durante o desenvolvimento de novos produtos e serviços, na hora de criar campanhas publicitárias ou quando se busca encontrar formas de corrigir um problema.
Seja qual for o objetivo que se pretende alcançar, ele é uma excelente alternativa em dois casos específicos:
- Quando a equipe que participará da geração de ideias é composta por profissionais de diferentes perfis, dos mais extrovertidos aos mais tímidos;
- Quando o moderador não é tão experiente para manter uma sessão de brainstorming organizada.
Como fazer um brainwriting?
Agora que você já sabe o que é brainwriting e quais as vantagens desta técnica, chegou a hora de descobrir como colocá-la em prática.
Basicamente, o brainwriting é composto por três etapas principais. Mas, antes de apresentá-las, é importante contextualizar que o método foi originalmente batizado como 6-3-5 Brainwriting pelo seguinte motivo:
Segundo seu inventor, o alemão Bernd Rohrbach, o brainwriting deve ser composto por 6 pessoas e 6 rodadas de ideias. Em cada rodada, com duração de 5 minutos, cada pessoa deve escrever pelo menos 3 ideias.
Se o método for seguido à risca, o grupo conseguirá gerar ao menos 108 ideias em meia hora. Dito isso, vamos ao passo a passo:
Passo 1 – Apresentando o objetivo
A primeira coisa a ser feita durante o brainwriting é a apresentação do tema central da sessão.
O responsável por essa etapa, o líder ou moderador, deverá apresentar todos os dados necessários para que os participantes tenham o mesmo nível de conhecimento sobre o projeto para o qual deverão gerar ideias.
Passo 2 – Escrevendo as ideias
Assim que todos estiverem cientes sobre o objetivo do brainwriting, será o momento de iniciar a geração de ideias.
Aqui, os participantes devem escrever individualmente as suas ideias durante cerca de cinco minutos e, na sequência, passar a folha de papel à pessoa sentada ao seu lado, para que ela possa acrescentar as suas contribuições.
Seguindo o modelo original do método, recomenda-se 6 rodadas de 5 minutos cada, durante as quais cada pessoa deverá acrescentar pelo menos 3 ideias por rodada.
No entanto, é possível adaptar essa versão e realizar uma quantidade menor de rodadas, a depender da necessidade da empresa.
Passo 3 – Discussão final
Após o término de todas as rodadas, o moderador deverá recolher os papéis e compartilhar as ideias com todos os participantes, seja lendo-as em voz alta ou exibindo-as em um quadro.
A partir disso, o grupo discutirá cada uma das ideias em conjunto, a fim de identificar as melhores e eliminar as que são mais difíceis de colocar em prática.
Vale lembrar que o anonimato é importante para que todos se sintam confortáveis em colaborar com a sessão. Ao final do brainwriting, a ideia é que o resultado seja uma conquista coletiva (do grupo) e não individual.
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Agora que você já sabe como essa técnica de geração de ideias funciona, que tal colocar a mão na massa e aproveitar os benefícios que ela pode proporcionar ao seu projeto?
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