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Desenvolvimento de aplicativos: como tirar seu produto do papel?

O novo normal está levando o mundo todo cada vez mais para o digital. Nesse sentido, proporcionar experiências completas para o seu cliente já virou obrigação de todas as corporações.


E quando falamos completas, queremos dizer também fáceis, simples e que resolvam problemas. De nada adianta oferecer uma solução digital – seja ela um portal, um aplicativo ou um chatbot – que não resolva a dor que o cliente tem naquele momento. 

É sobre essa experiência que vamos falar nesse artigo. Porém, vamos transportá-lo para o passo anterior: como desenvolver aplicativos para acertar em cheio no coração do usuário. Confira!

Como funciona o desenvolvimento de aplicativos?

O primeiro passo é entender que, quando falamos em experiências digitais, o ser humano só consegue se comunicar com o mundo exterior através de dois sentidos: a visão e a audição. E, ainda assim, de forma reduzida. 

Isso caracteriza um fator de dificuldade porque as interfaces digitais e diversas telas servem para emular e substituir as experiências presenciais. E, claro, criar novas (sempre que possível)!

Não sabe por onde começar? Considere a reflexão dessa frase como um primeiro (e importante) passo:

Telas são as janelas mágicas para um outro mundo. 

O que ela quer dizer na prática? Quando você vai pensar na experiência do usuário, responda às seguintes perguntas:

1. O que o meu aplicativo quer entregar do mundo lá fora?

2. Que sentimento eu quero que meu cliente tenha ao utilizar a minha interface?

E aqui temos uma infinidade de respostas – diretamente proporcional ao número de aplicativos que podemos encontrar nas app stores dos nossos smartphones. Cada quadradinho é uma oferta diferente e personalizada, pensada em cada usuário – ou milhões deles. 

Hoje, conseguimos realizar praticamente toda e qualquer transação pelo celular, com poucos cliques – principalmente se colocarmos em perspectiva os processos que precisávamos fazer antes desses apps existirem.

Para ter uma ideia, trazemos algumas reflexões:

  • Você sabe quantas horas passa utilizando seus aplicativos por dia? 
  • Você conseguiria trabalhar se não utilizasse nenhum aplicativo?
  • Quanto tempo você economiza utilizando aplicativos dentro da sua rotina? Pense nos apps dos bancos, de supermercados, de entrega de comida, consulta de transporte público, navegação, e-commerce… a lista é praticamente infinita. 

Onde queremos chegar? 

O desenvolvimento de apps é um investimento importante para sua empresa – independente do segmento. Desde engajar e fidelizar clientes até fortalecer seu posicionamento de marca, sem dúvidas os aplicativos representam uma oportunidade, no mínimo, bem interessante. 

Mas, atenção! 

Não é porque todo mundo faz que é algo fácil. Lembre-se que, justamente por isso, você vai encontrar muitos concorrentes disputando os cliques de seus clientes. Para se diferenciar, você precisa saber exatamente o que tem para oferecer, onde quer chegar e como será o desenvolvimento do seu app. Vamos falar mais sobre isso no próximo item. Confira!  

Passo a passo para desenvolver apps

A primeira consideração a ser feita é: como o meu aplicativo será realmente útil para o meu cliente? Essa premissa deve guiar todo o processo de construção do seu app, precisa ser o guia. É ela que vai garantir que você esteja criando algo que realmente agregue valor para o seu público – e não para você mesmo.

Vamos conferir o passo a passo do que não pode faltar nesse desenvolvimento. 

  1. Escalando o time

É fundamental ter uma equipe multidisciplinar, que vai garantir o conhecimento e domínio das áreas de conhecimento necessárias para o desenvolvimento do seu aplicativo. 

Expertise, conhecimento, habilidades práticas são apenas alguns dos fatores que devem ser levados em consideração. Veja: Falta de tempo, de softwares ou equipamentos também podem dificultar o processo. Por isso, muitas empresas optam pela terceirização desse serviço como forma de diminuir custos e ganhar tempo. 

2. Considere o comportamento do novo consumidor

A essa altura, já está claro para todos o quanto nosso comportamento mudou. E isso implica diretamente no fato de que a grande maioria dos dados que as empresas possuíam de seus clientes e potenciais clientes ficaram obsoletos. 

Fique atento! A prioridade do seu usuário hoje pode ser totalmente diferente. As informações sobre os hábitos de consumo, higiene, saúde, trabalho e visão de mundo podem não corresponder mais ao que você tinha mapeado. 

3. Acessibilidade

Colocando em perspectiva nosso novo normal, muitas pessoas que não se relacionavam tão intimamente com internet, sites, portais e aplicativos, não tiveram escolha: foram praticamente forçadas a mergulhar no digital.

Sobre isso, Jakob Nielsen, cientista da computação e considerado um dos gurus da usabilidade, afirma que essa nova parcela de usuários agora tem a necessidade de usar os meios digitais para convívio social, informações, trabalho ou até mesmo para reabastecer itens básicos de suas casas. E aqui temos uma grande fatia de idosos.  

Essas pessoas precisam ser olhadas com muita atenção e carinho durante o processo do desenvolvimento. A forma como eles olham para uma interface é totalmente diferente de um heavy user ou de um profissional da área.

Nesse sentido, considere utilizar alguns guidelines que podem ajudar na acessibilidade.

  • Botões maiores
  • Usar o mínimo de texto possível: poucas palavras utilizadas de forma contundente
  • Ser claro e direto
  • Diminuir o número de opções apenas ao fluxo necessário
  • Opte sempre por utilizar ilustrações no lugar dos textos

Lembre-se: interfaces dramaticamente simplificadas garantem a autonomia do seu usuário.

4. Defina o tipo de experiência

De que tipo de experiência meus usuários precisam? E quais eles querem? Dentro dessa resposta, existem muitas possibilidades. Porém, resumidamente, você pode seguir por 2 caminhos macro. 

Não existe resposta correta, ok? Os dois cenários são possíveis. Só precisam ser encaixados adequadamente de acordo com o seu projeto. Para decidir, foque nas 2 perguntas que abriram esse item. 

Dica! Se não souber por onde começar, o UX Research pode ajudar bastante. A disciplina vai te dar as ferramentas necessárias para entender o que traz valor ao cotidiano do seu cliente. Isso vai variar de negócio para negócio, de usuário para usuário e de acordo com os objetivos de cada corporação. Mais uma vez: não existe resposta certa. 

5. Esteja presente na vida do seu cliente

Com o aumento do tráfego online e, consequentemente, com o aumento elevado de novos aplicativos sendo lançados a todo momento, a sua marca precisa se fazer presente na vida do usuário. 

A experiência está intimamente ligada com a presença. Ou seja, para ser relevante, sua marca não pode sumir ou ser deixada em segundo plano na rotina do seu usuário. 

Como fazer isso?

6. Comunicação adequada

Envolva as áreas de branding e de marketing em geral para pensar nessa comunicação adequada. É aqui que entra o UX writing – a escrita pensando no usuário.

É preciso escolher com cautela todos os itens desse tópico: desde o posicionamento até as palavras utilizadas. Isso vai garantir que a sua empresa seja vista da maneira correta pelos clientes. 

7. Defina a linguagem de programação

Por último, mas não menos importante, é a hora de decidir qual linguagem de programação o desenvolvedor mobile vai utilizar para desenvolver o seu aplicativo. Isso depende diretamente das plataformas onde você deseja disponibilizar o seu app (por exemplo, Android ou iOS – ou ambos). Vamos falar mais sobre isso no próximo item. Acompanhe!

Conheça 4 frameworks para o desenvolvimento de aplicativos

Qual linguagem escolher? Novamente, aqui não existe resposta certa e linguagem mais adequada. Você precisa avaliar, junto com o seu time e com os especialistas encarregados, qual caminho seguir para chegar com sucesso ao objetivo. 

Dependendo do quantitativo de usuários que você deseja atingir com a sua estratégia, pode ser interessante optar por frameworks multiplataforma. Dessa forma, o mesmo app é criado com um único código base, reduzindo custos e facilitando a segurança (correção de bugs e brechas).  

Vale lembrar que aqui trouxemos apenas 4 exemplos. Porém, vale avaliar com a sua equipe (que você escolheu cuidadosamente lá no passo 1), qual a melhor opção para o seu objetivo de negócio. 

Como entrar no mercado de produtos digitais

Existem centenas de possibilidades de entrada no mercado de produtos digitais. De acordo com o setor da sua empresa e do conhecimento do seu cliente, imaginamos que, a essa altura, você já tenha algumas ideias de onde pode começar. 

De qualquer forma, vale lembrar alguns pontos importantes para identificar necessidades.

Agora que você já realizou todas essas análises – ou as que fizeram mais sentido para você  e sua corporação – provavelmente já sabe quais são as melhores oportunidades de aplicativos para entrar no mercado de produtos digitais. Vamos dar alguns exemplos. 

1. Home office

Com a rápida adaptação das empresas para o modelo remoto, é bem provável que muitas delas não voltem ao modelo presencial. O aumento na produtividade e a diminuição do estresse foram sinais percebidos pela grande maioria das corporações. 

Nesse sentido, investir em algo que agregue valor para essa nova realidade – seja para a empresa, para o colaborador, para os clientes, parceiros ou todos eles – pode ser algo bastante promissor. Pense em investir parte do custo reduzido em aumento da qualidade de vida dos seus colaboradores, aumentando também o engajamento e a motivação.  

Exemplos:

  • Apoio psicológico remoto
  • Incentivo a atividades saudáveis, como exercício físico ou plantação de uma horta em casa
  • Oficinas de atividades manuais
  • Aulas funcionais

2. Distanciamento social

Mesmo após a pandemia, o receio de uma 2ª onda ou de uma endemia ainda será uma grande preocupação no mundo todo. 

Dessa forma, pensar em soluções que otimizem o tempo das pessoas e diminua o risco de aglomeração pode proporcionar segurança e gerar confiança, incentivando o consumo do seu produto ou serviço. 

Exemplos:

  • Monitorar filas de supermercado, indicando horários mais livres para os clientes
  • Ocupação de cadeiras de cinemas, teatros e casas de show de forma segura
  • Triagem digital de hospitais e clínicas

3. Saúde mental e contato social

Com o isolamento social, a vida voltada para dentro de casa e o medo do contágio (o que fez com que muitas pessoas deixassem de encontrar amigos e parentes), a ansiedade e a solidão tornaram-se parte do novo normal. 

Como aproximar as pessoas de forma segura? 

Exemplos:

  • Aplicativos de conversa em ambientes mais íntimos e seguros
  • Plataforma de terapia remota
  • App de suporte emocional 

4. Capacitação

Não tem como negar: o desemprego em larga escala foi uma consequência da pandemia mundial. Provavelmente, esse grande quantitativo não será absorvido em suas funções de origem. Porém, existem outras atividades que podem ser desenvolvidas e novas áreas onde esses trabalhadores podem atuar. 

Exemplos:

  • Soluções de capacitação e treinamento de força de trabalho
  • App que conecte empregador com candidato

5. Turismo

Já estamos voltando ao normal em termos de viagens, mas ainda existem algumas restrições que precisam ser seguidas. A pergunta a ser respondida aqui é como incentivar o turismo doméstico e local de forma segura. 

6. Pequenos fornecedores

Com a alta das compras por aplicativos – seja de produtos, comida ou itens de mercado e farmácia -, os pequenos estabelecimentos que contavam com um público fiel, porém presencial, acabou prejudicado. Muitos, inclusive, tiveram que fechar as portas. 

Exemplo:

  • Inclusão de pequenos estabelecimentos no ecossistema de entregas

7. Premissa para aglomerações

Como falamos, mesmo após o término da pandemia, é provável que a população mundial ainda fique receosa em realizar atividades em que se reúnem muitas pessoas, como shows. Pensar em apps que mitiguem o espalhamento da doença é uma baita oportunidade nesse contexto. 

Exemplos:

  • Certificado de imunidade: entregadores com sensores de temperatura, testes rápidos para comprovar ausência de sintomas. 

8. EAD fortalecido

A verdade é que o ensino à distância sempre foi um pouco estigmatizado em relação ao modelo presencial. Muitas instituições de ensino tiveram que fechar as portas porque não conseguiram alcançar o mínimo das incrições de alunos para manter o funcionamento.

Nesse cenário, fortalecer o EaD pode ajudar muitas instituições que podem ter nesse modelo uma oportunidade de sobrevivência.

Exemplo:

  • Mitigar restrições e problemas de uso, como acesso a internet e conteúdo muito extenso

E você? Já sabe onde estão as oportunidades de desenvolvimento de aplicativos na sua corporação? Se precisar de ajuda para tirar suas ideias do papel, nossos especialistas podem ajudar. Entre em contato conosco e vamos tomar um café remoto!

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