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Big Techs no mercado de seguros: como usar uma estratégia de User-Centrism para enfrentá-las?

Você já ouviu falar no termo Big Techs? Ele refere-se à grandes companhias globais de tecnologia que têm influência real e crescente sobre o mercado e a vida das pessoas comuns.


Estamos falando de grandes players do mundo high-tech que, com maior ou menor incidência, vêm operando em setores para os quais, inicialmente, não foram criados. Um desses mercados que sentem a pressão das Big Techs é o de seguros.

Neste artigo, além de ajudá-lo a refletir sobre quem são e o que fazem as Big Techs, vamos apresentar a estratégia de User-Centrism como uma tática poderosa para enfrentá-las.

Acompanhe!

Big Techs, Fintechs e Insurtechs são a mesma coisa?

A “techização” do mundo é cada dia mais visível para todos. Do mais simples usuários de smartphone aos grandes players do mercado: ninguém pode negar que a transformação digital, crescente e contínua, está modificando a maneira como vivemos.

Muito recentemente, as empresas do setor financeiro passaram a prestar atenção nas chamadas Fintechs, que são, rapidamente dizendo, startups que fornecem serviços financeiros utilizando softwares, aplicativos e outros recursos de tecnologia moderna.

Já no mercado segurador, o surgimento das Insurtechs (insure= seguro + tech de tecnologia) é um fenômeno parecido com o das fintechs.

As Big Techs, por sua vez, são “as principais empresas de tecnologia, como Google, Amazon, Facebook e Apple, que têm influência [mercadológica e social] excessiva” — de acordo com o glossário da PC Magazine.

Na Europa as mais poderosas Big Techs também são conhecidas pelo termo GAFA, que nada mais é do que um acrônimo das companhias anteriormente citadas. Quando a Microsoft também é incluída no debate, surge a sigla GAFAM.

Portanto, não confunda alhos com bug…, digo Fintechs/Insurtechs com Big Techs! O que importa saber é que as Big Techs têm enormes capacidades para lidar com consumidores individuais e processar grandes quantidades de informação; elas transformaram as compras e os pagamentos e parecem estar à beira de uma expansão mais ampla no financiamento ao consumidor, além de já começar a tirar o sono do mercado segurador.

Por que as Big Techs estão tirando o sono do mercado de seguros?

Durante 2018, o Google e a Amazon mostraram um interesse renovado em seguros e geraram especulações sobre suas intenções para esse mercado no futuro.

O Google investiu, ainda que como acionista minoritário, em uma grande empresa de tecnologia para agências de seguros, a Applied Systems. Em troca a companhia ofereceu acesso à sua vasta experiência em áreas como inteligência artificial, aprendizado de máquina e marketing digital. Muito se noticiou que há interesse da gigante de tecnologia em avançar mais nesse setor.

A Amazon se uniu a dois grandes empregadores em um empreendimento ambicioso para reinventar completamente o sistema de saúde e seguro nos Estados Unidos. A companhia, presidida por Jeff Bezos, também demonstrou interesse em criar um site de comparação de seguros no Reino Unido.

A The Travelers Companies Inc. também já anunciou que está se unindo à Amazon em alguns estados americanos para oferecer kits de smart house, cotações de seguros e informações de gerenciamento de risco em uma loja digital.

O debate em torno do poderio das Big Techs e seu possível monopólio em mercados onde inicialmente não atuavam já chegou aos parlamentos americano e europeu. Em diversas conferências promovidas por diferentes segmentos mercadológicos, o assunto também está no centro das discussões.

Os especialistas mais moderados acreditam que o tema será bem ponderado no nível legislativo em países desenvolvidos, dando a tônica para outros mercados emergentes.

O que não dá para negar é que todos esses movimentos das Big Techs estão sendo vistos como potencialmente ameaçadores por CEOs de companhias seguradoras ao redor do mundo. Os motivos da insônia são variados; as perguntas, ainda sem respostas palpáveis, talvez sejam as maiores fontes de preocupação: como competir com marcas de alcance global e com poderio tecnológico tão grande? Os hábitos digitais dos consumidores vão ser o fiel da balança na hora da escolha de um produto de seguro? Vai acontecer com as seguradoras o mesmo que vem acontecendo com as instituições bancárias?

Como uma estratégia de User-Centrism pode ajudar a enfrentar as Big Techs?

Além dos investimentos e dos esforços já empreendidos em transformação digital pelas companhias seguradoras, uma estratégia é indicada por muitos especialistas para o enfrentamento da concorrência gerada pelas Big Techs: o User-Centrism.

O termo User-Centrism foi cunhado por Rick Levine, Christopher Locke, Doc Searls, and David Weinberger no livro The Cluetrain Manifesto (1999). Refere-se à noção de que os consumidores estão cada vez mais controlando como os serviços são entregues a eles, em vez de serem gerenciados com força pelos fornecedores.

É justamente essa abordagem que faz das Big Techs serem adoradas pelas massas: elas estão constantemente melhorando a experiência dos usuários, potencializando a maneira como fornecem personalização, usabilidade, enfim, produtos e serviços sob medida.

Logo, uma estratégia de User-Centrism pode ser o diferencial que ameniza a ação das Big Techs, sobretudo nas companhias seguradoras com história e tradição. Ao atuar com Human-Centered Design no desenvolvimento de plataformas e aplicações de produtos de seguro, por exemplo, é possível criar sistemas interativos mais utilizáveis, por meio da aplicação de fatores humanos/ergonomia e conhecimento em usabilidade e suas técnicas.

Como nem sempre foi investido em digitalização — as mais tradicionais recém despertaram para a transformação digital —, a criação de uma estratégia de User-Centrism com ferramentas e equipes internas pode ser bastante difícil. A parceria com Insurtechs e consultorias especializadas, nesse caso, é o mais indicado.

De qualquer forma, se a força dos grandes players de tecnologia vem da reputação, do fato de serem 100% online e da experiência que entregam, está mais do que na hora de as companhias seguradoras centrarem seus esforços nisso.

Que tal, você já havia pensado em como as Big Techs estão se movimentando em direção ao mercado de seguros? O que achou da nossa proposição de uma estratégia de User-Centrism para enfrentá-las? Para se aprofundar ainda mais no assunto, baixe agora mesmo nosso e-book Human-Centered Design — Como aplicar os conceitos no seu negócio!

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