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Novos métodos de trabalho: como o Ágil proporciona eficiência e reduz custos no mercado financeiro

Os Métodos Ágeis auxiliam a produtividade de times por meio de uma gestão flexível e com foco em entregas. No setor financeiro, adquiriu uma nova responsabilidade: garantir a construção de experiências para reter clientes.


O 2020 das empresas dos mercados financeiro e segurador está sendo extremamente conturbado. “Nos explique como seria um ano tranquilo” – você pensa consigo mesmo.

E com razão.

A pandemia nos pegou desavisados e a nova etiqueta de distanciamento social levou para a casa bilhões de pessoas ao redor do mundo – pelo menos 2,8 bilhões, segundo estimam os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fora isso, uma série de notícias bombásticas se acumularam aos montes. Confira algumas:

  • circuit-breakers;
  • Bolsa operando com pontuação reduzida;
  • a regulamentação do Open Banking;
  • o PIX;
  • pagamentos via WhatsApp;
  • dólar disparando;
  • rivalidade entres fãs de bancos nas mídias sociais (acredite!), com o pano de fundo da experiência do usuário.

Tudo isso só esse ano.

Como responder a tantas mudanças cruciais  desse mercado e traduzir isso em valor agregado para os clientes? Nós respondemos: com uma abordagem acostumada a operar em ambientes de imprevisibilidade. 

Estamos falando dos Métodos Ágeis.

E mais: como driblar tudo isso e construir o que, em última instância, é o que de fato muda o jogo no setor financeiro – boas experiências para o usuário?

Fique conosco para saber tudo sobre métodos ágeis no setor financeiro!

Gestão Ágil na crise: proteja sua rentabilidade

É impossível falarmos sobre métodos ágeis no momento atual sem citarmos o contexto de pandemia em que vivemos. 

A transição repentina dos escritórios para casa reconfigurou processos em velocidade recorde. Para apoiar mudanças estruturais de grande porte sem paralisar as operações, era preciso uma abordagem flexível, capaz de absorver variações abruptas de demanda (interna e externa) e traduzi-las em valor de entrega rapidamente.

O mercado apostou no Ágil. E deu certo! A resposta foi tão positiva que há pouco mais de 2 meses de trabalho remoto, diversas empresas anunciaram o fim do regime de trabalho presencial e adoção do home office.

O que isso quer dizer? Que mesmo em um cenário de plena adversidade e variáveis totalmente novas na equação de negócios, o gerenciamento ágil foi capaz de manter uma rotina de alta performance produtiva nos times e proteger a rentabilidade das empresas.

Não é achismo. São dados.

De acordo com dados de uma pesquisa da Digital.ai com mais de 1000 líderes de áreas de TI, 33% disseram ter intensificado as práticas ágeis para enfrentar os desafios da transformação remota.

O Ágil está derrubando as últimas objeções entre gestores e se provando como o principal método de gerenciamento dos últimos anos na prática – e o ano de 2020 tem tudo para fazer com que suas práticas e frameworks se consolidem nas empresas de uma vez por todas.

Importante: como você deve imaginar, é preciso passar por algumas etapas – a primeira delas é incorporar o mindset ágil nos times. E muito embora seja possível notar benefícios espantosos em pouquíssimo tempo (conheça o case de Agile Marketing!), a tendência é que esse seja um processo gradual.

Como funciona o Ágil? Do mindset às práticas

Os métodos ágeis são uma alternativa à gestão tradicional de projetos (conhecida como waterfall). Originalmente, surgiu em 2001, a partir do Manifesto Ágil, como uma estratégia para solucionar problemas na área de desenvolvimento de software.

Rapidamente, o Manifesto diz o seguinte:

  • Indivíduos e interações sobre processos e ferramentas. 
  • Softwares em funcionamento acima de toneladas de documentação. 
  • Colaboração com o cliente mais do que negociação de contratos.
  • Responder a mudanças mais do que seguir planos rígidos.

A partir disso, diversas técnicas e frameworks foram criados – sempre para acelerar e melhorar a produtividade. Com o tempo, o Ágil ganhou o ambiente empresarial e hoje é aplicado às mais diversas vertentes de organizações – como Marketing, RH e Comercial – além de qualquer indústria de alta performance.

Em geral, quando falamos sobre Mindset Ágil, estamos falando de uma mentalidade de gestão de entrega de valor frequente, contínuo e incremental. A abordagem é conhecida por sua flexibilidade e rápida absorção de requisitos altamente mutáveis no fluxo de trabalho.

Os métodos e frameworks ágeis visam ainda incentivar a inspeção e adaptação frequentes, promovendo uma auto-organização, comunicação constante, trabalho em equipe e foco absoluto nas necessidades do cliente.

Dividir para conquistar

Há muitos anos, as ciências políticas e a sociologia já nos apresentam a lógica de dividir para conquistar. Podemos dizer que na contemporaneidade, essa frase célebre ganhou contornos corporativos – e iniciou uma grande discussão sobre produtividade.

O Ágil tem como princípio segmentar tarefas em partes menores e realizar entregas menores e mais frequentes, promovendo valor de forma constante e incremental.

A abordagem visa conferir praticidade, flexibilidade e transparência às atividades, além de promover feedback frequente com os stakeholders, evitando assim o risco de chegar ao final de um processo com uma solução não aderente.

Confira uma lista de 10  benefícios do Ágil:

Para as equipes

  • Maior disciplina, regularidade de entregas e autonomia.
  • Inspeção frequente e feedback constante.
  • Criação de ciclos de testes e melhoria contínuos.

Para os clientes

  • Melhoria da qualidade e da aderência do produto final.
  • Maior transparência e visibilidade sobre o andamento do projeto.
  • Flexibilidade para mudanças de requisitos.
  • Foco na geração de valor para o usuário.
  • Redução de tempo, custos e time-to-market de soluções.
  • Minimização de erros após a entrega final.
  • Experimentação do produto desde as fases iniciais do projeto.

Os desafios dos Métodos Ágeis no mercado financeiro

Nunca se falou tanto de squads, geração de valor e frameworks. Definitivamente, o Ágil está em alta, inclusive no setor financeiro.

O ritmo da inovação no mercado financeiro é cada vez mais acelerado. E para cumprir todas as exigências regulatórias, atender às necessidades dos usuários e garantir diferencial competitivo, será inevitável, por vezes, “trocar o pneu com o carro andando”.

Nesse aspecto, os métodos ágeis aparecem como uma abordagem de resposta rápida e mitigação de riscos – a solução ideal para o setor financeiro, não acha?

Como você viu aqui, o Ágil surgiu na área de desenvolvimento de software. E por isso mesmo seus métodos são endemicamente preparados para coordenar esforços de desenvolvimento (ou constante refinamento) das soluções digitais que a sua empresa precisa para atingir os corações dos usuários.

E corações, queremos dizer, reter e fidelizar clientes. Mas isso não é tarefa fácil.

De acordo com o PhD em economia Philip Kotler, conquistar novos clientes custa cerca de 5 a 7 vezes mais caro do que fidelizá-los.

Um outro fato bem aceito é que as fintechs impressionaram o mercado com sua eficiência e competitividade, percebendo rapidamente que os serviços eram mais aderentes quando integrados ao contexto dos usuários, predominantemente digital e pautado na conveniência.

Encarando essas duas afirmações, podemos presumir que as soluções oferecidas por essas empresas conseguiram ser, em algum momento, 5 vezes mais aderentes que a das instituições financeiras tradicionais.

Esse é o tamanho do diferencial competitivo das boas experiências. E o tamanho do desafio de uma gestão ágil que garanta o desenvolvimento de experiências de excelência – o que, em última instância, é o que vai garantir fidelização e rentabilidade.

Estamos falando em gerir a equação de ouro: 

JORNADAS + USABILIDADE + DESENVOLVIMENTO

Gestão Ágil: fechando o gap entre desenvolvimento e UX

Você sabe, uma das questões-chave da evolução do setor financeiro é a ascensão das experiências. Mas quando nós falamos de experiência do usuário (UX), estamos falando essencialmente de construir boas interfaces e plataformas digitais.

E é aí que entra o Ágil: a cola que sela o gap entre desenvolvimento e UX.

Na última década, testemunhamos como diferentes áreas do design podem melhorar, fomentar e até mesmo dar o pontapé inicial para promover grandes experiências. E essa novidade logo chegou ao mercado financeiro.

Hoje, assim como declarações de amor no feed das mídias sociais de empresas como Netflix e Airbnb, podemos ver isso nas páginas de bancos.

Ainda assim, muitas empresas  ainda lutam para integrar equipes de back-end, front-end e design e tirar o melhor proveito da interseção entre essas áreas.

Todo gestor de projetos conhece a dificuldade que é trazer uma mentalidade centrada ao usuário para o processo de desenvolvimento de soluções. Ou como, em diversas empresas, os departamentos de TI têm menos voz nas decisões de negócios.

Mas calma, nós temos a solução.

Podemos dizer que tudo isso seria impossível sem quebrarmos um ciclo de produção linear, onde times executam apenas a sua parte, passam a demanda – e depois a recebem de volta.

Boas experiências não acontecem por acaso – elas são o resultado de um casamento cuidadoso entre UX, UI e desenvolvimento. Além, é claro, de um processo de gestão flexível e focado em geração de valor. Mas para isso é preciso romper o gap que existe entre times de desenvolvimento e design/usabilidade.

Na MJV, trabalhamos com squads interdisciplinares. Com um gerenciamento ágil, é possível entender o que é importante para o usuário e estabelecer os requisitos essenciais ao escopo de trabalho das diversas expertises do time fazer com que essas células apartadas conversem. 

Entre os benefícios dessa simbiose estão:

  • Maior aderência às necessidades dos usuários.
  • Maior alinhamento entre TI e os times de negócios.
  • Maior engajamento entre os stakeholders e/ou pessoas-chave.
  • Maior precisão nos requisitos das soluções a serem desenvolvidas.
  • Redução de riscos, custos e melhora na eficiência.
  • Entregas frequentes e ciclo de melhorias contínuo.

Tecnologia e inovação sempre foram uma constante no setor financeiro. Há uma tendência de um investimento ainda maior em tecnologia para superar os desafios de uma economia pós-digital. E com o advento da exponencialidade tecnológica, não há sinais de que a velocidade destas transformações irá arrefecer.

Você precisa de um modelo de gerenciamento flexível e consistente, capaz de suportar os solavancos do processo de mudança e que induza a alta performance dos times, proteja a rentabilidade do seu negócio e mitigue os riscos naturais de inovar.

O mercado confiou no Ágil para superar a crise e já colhe bons frutos do investimento. E você, quando vai mergulhar de vez no universo ágil?

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