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User-centrismo, tecnologia e sustentabilidade: as tendências quentes do varejo que você precisa saber

Ainda não estamos vivendo o futuro. Zygmunt Bauman chamou esse período de interregno. Esse tempo está exatamente entre o que não é mais e o que ainda não é. Resumindo: o modelo velho já não funciona bem e o novo ainda não está pronto.


O futuro precisa ser co-criado! Esse é o plano de ação de todas as empresas que esperam estar lá. 

Sabemos que muitos paradigmas foram quebrados, mas, acredite, eles seriam de qualquer jeito. As mudanças que impactam o mercado hoje já estavam mapeadas em uma série de reports no início do ano. O que houve foi uma aceleração que as organizações não esperavam – bom, algumas já esperavam, sim. 

No varejo, não foi diferente! O mundo remoto e bem mais digital pediu um reposicionamento estratégico às pressas. Tecnologia, novo consumidor e sustentabilidade ganharam mais força ainda. 

Para que seu negócio transforme essas tendências em resultados de curto prazo para seguir competitivo no mercado, vamos mergulhar nesse universo e listar soluções capazes de escalar esse novo mindset na sua empresa. 

Varejo no mundo pós-normal: user-centrism, tecnologia e sustentabilidade

Vamos entender como essas tendências podem se transformar em soluções para os desafios da sua organização. 

User-centrismo 

A Era da Personalização em Escala

Personalização em escala nada mais é do que dizer mais “sim” ao consumidor. É o próximo nível da personalização no Varejo, abrange processos relativos à produtos, logística, supply chain. 

No nível do produto, trata-se de uma tendência ditada por marcas que permitiram que seus consumidores montassem o produto, do jeito que é mais vantajoso para eles. 

Esse movimento requer que o varejista ative todos os dados disponíveis de seus usuários para oferecer experiências ainda mais relevantes para os clientes existentes e para os clientes em potencial.

Também exige o chamado Platform Thinking, no qual a tecnologia digital é utilizada para proporcionar experiências personalizáveis e repetíveis aos consumidores — eles, dentro dos padrões estabelecidos, escolhem como serão suas experiências de compra ou relacionamento com o varejista.

Brand Lovers

Hoje, não basta uma empresa ser vista como excelente em qualidade; ela precisa ter consumidores que defendam isso também.

Na língua de Shakespeare, e no jargão de marketing atual, esses consumidores-fãs são chamados de brand lovers; eles são apaixonados pela marca e a defendem, especialmente no ambiente virtual.

As love brands contam com um exército de advoigados da marca e conseguem isso com uma cultura de marca e relacionamento forte com o consumidor (branding), investindo fortemente em comunicação digital e proporcionando experiências memoráveis. 

Para alcançar este nível, os varejistas precisam transformar a satisfação do cliente em um KPI fundamental para os negócios.

Tecnologia 

A tecnologia não é mais novidade. Cada vez mais disponível, ela já pode ser considerada barata e fácil de implementar. 

O que vai diferenciar um varejista de sucesso de alguém que apenas samba conforme a música é a aplicação alinhada com as reais necessidades do usuário e do mercado

Invisible Money & Pagamentos Digitais

A geração Z – os nascidos depois de 2001 – usam cada vez menos papel-moeda em suas transações. 

Nesse movimento, o dinheiro será cada vez mais invisível. Isso porque, para além das soluções de pagamentos mobile proporcionadas por operadoras de cartões de crédito e débito, também as criptomoedas deverão crescer ainda mais. 

Atenção: o Pix está aí para mostrar a força dessa tendência. 

Os varejistas que querem aproveitar as oportunidades dessa tendência devem trabalhar facilidades para meios de pagamento: verificação biométrica, reconhecimento facial, reconhecimento de voz. 

Lojas Automatizadas

A transformação digital das operações através da Inteligência Artificial, da Internet das Coisas, dos Smart Spaces (espaços conectados/inteligentes) darão a tônica da concorrência por clientes cada vez mais conectados e tecnologicamente exigentes.

Varejistas de vários portes deverão trabalhar soluções automatizadas para reduzir atritos (sem filas, sem atendentes); aproveitar, por exemplo, QR codes para fornecer informações sobre como o produto chegou na gôndola – aqui, tem espaço para o Blockchain. 

Um ponto bem importante a se observar é o futuro das entregas: cadeias de suprimentos, novos modelos de negócios (desmaterialização), entregas por drones (a exemplo da Amazon) são estimativas ainda para 2020. 

Isso sem falar na automação de marketing e vendas, que já foi amplamente experimentada e deverá crescer vertiginosamente.

Sustentabilidade 

O planeta está ameaçado por mudanças climáticas, escassez de recursos, catástrofes ambientais. 

O impacto? Estamos vivendo, hoje, um bocado dele já. Para o futuro ser diferente, algo precisa ser feito – hoje ainda. Caso contrário, veremos os resultados em progressão geométrica. 

Anote aí: a conscientização em torno dos problemas ambientais deverá dar a tônica do consumo nesta nova década. 

Fique ligado: duas tendências podem ajudar bastante nesse desafio! 

Product-as-a-Service 

Produtos deixam de ser apenas produtos. Eles passam a ser muito mais do que uma simples commodity e transformam-se na experiência que proporcionam aos seus usuários.  

Crítica ao consumerismo

Outro conceito que vai passar a ser parte (de maneira ainda mais crítica) do dia a dia global é o consumerismo. 

Ele, em síntese, diz respeito a uma ordem social e econômica que incentiva a compra de bens e serviços em quantidades cada vez maiores.

O amadurecimento do consumidor comum sobre o consumo deve ditar o fim do excesso.

Agora, que já identificamos as tendências mais quentes para os próximos anos no varejo, vamos ver que soluções estão alinhadas às trends. 

Soluções para gerar resultados no cenário atual 

Não há dúvidas, o varejo sofreu sérios impactos com a pandemia. Estar alinhado às novas necessidades do mercado, dos usuários e dos stakeholders é a prioridade desse momento. 

Para entender um pouco mais desse cenário, listamos algumas Red Flags que precisam entrar no radar:

Reestruturar times 

O mercado ainda não está aquecido, há um quadro de menos contratação. Do outro lado, é indispensável alcançar resultados. 

A saída é repensar a organização das equipes. Gerir os times de forma mais ágil. Propor uma estrutura com menos hierarquias diminui os silos e possibilita tomadas de decisões mais eficientes. 

Soluções de ecosystem também são ótimas opções para resolver esse desafio. 

→ Vale dar uma olhada nesse material bem rico que produzimos sobre o tema. 

Acesse grátis

Análise do Consumidor: quem são e o que querem seus clientes?

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Esteira de inovação 

O segmento sofreu desaceleração com a crise e o desemprego – dentro e fora do seu próprio mercado. 

Alternativas para produtos mais baratos – mas com qualidade de ponta – é uma solução para chegar a novos mercados e diminuir os custos de produção. 

Aumentar a eficiência operacional também é prioridade dessa conjuntura. A indústria 4.0 ganha cada vez mais força. 

Outro ponto de atenção aparece aqui também: B2B ou B2C? Eis a questão. 

Muitos varejos escoavam sua produção através de um mercado de pequenos varejistas pulverizados – altamente impactados pelos reflexos econômicos da pandemia. Para eles, pensar em soluções B2C pode trazer bastante fôlego. 

Há os que operavam somente com vendas diretas – B2C na veia. Nesse caso, soluções de ecosystem também caem como uma luva para amplificar o alcance dos seus produtos. 

Pesquisa e desenvolvimento 

Não é de hoje que os usuários estão mais conscientes sobre seu consumo – e aqui não falamos só de saúde, mas de posicionamento de marcas também. 

As circunstâncias descortinam uma enorme oportunidade de mergulhar no universo do consumidor: entender seus padrões comportamentais, motivações, necessidades e desejos para explorar com mais eficiência suas atuais alternativas de produtos e os gaps que indicam novas possibilidades.

→Para trazer essa solução para dentro do seu plano de ação, dê uma olhadinha nesse vídeo: Análise do Consumidor: quem são e o que querem seus clientes?

Experiência do usuário 

Sim, o usuário é – ou, pelo menos, deveria ser – o centro de toda sua estratégia de negócio. O mundo é user-centric. E já era antes desse novo normal aparecer por aqui. 

Partindo da mudança que houve nos pontos de contatos que usuários têm com as marcas, repensar a experiência dele na loja, e-commerce e na entrega é o primeiro passo rumo ao novo normal – ou pós-normal, como preferir. 

Propor novas formas de compras e de contatos – inclusive físicos – devem fazer parte do planejamento do próximo ciclo.

Há bastente oportunidade para o varejo inovar dentro dessas tendências!

O pulo do gato está em não tentar imitar o que as outras marcas estão fazendo, mas mergulhar fundo no universo de seus consumidores e construir sua própria estratégia. 

Que tal, vamos conversar sobre soluções para co-criar o novo varejo? 

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