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Cooperativismo: o que é, tipos, vantagens e princípios do modelo

Saiba tudo sobre esse conceito, incluindo as vantagens e princípios que o modelo pode proporcionar para pessoas e empresas.


Para alguns trabalhadores e indústrias, o termo cooperativismo já é um velho conhecido. Afinal de contas, esse é um modelo de negócios que nasceu em 1844, na Inglaterra, e se tornou oficial no Brasil no início do século XIX.

O objetivo principal era criar benefícios econômicos e sociais para os seus membros, promovendo a igualdade e a solidariedade. 

Hoje, o movimento cooperativista já é amplamente utilizado em diversas áreas, desde a agricultura até o setor financeiro.

Ao longo deste artigo, vamos explicar tudo o que engloba esse conceito, incluindo as vantagens que o cooperativismo pode proporcionar para pessoas e empresas. Acompanhe!

O que é cooperativismo?

Em essência, o cooperativismo é um movimento social e econômico que une pessoas ou empresas em prol de um objetivo em comum.

Mas, de forma mais prática, as cooperativas nada mais são que organizações autônomas, controladas pelos seus membros e operadas de forma democrática.

Ou seja, todos os envolvidos têm o direito de votar igualmente para tomar decisões.

Como mencionamos antes, o grande objetivo deste modelo de negócios é beneficiar seus membros econômica e socialmente. 

A partir de uma visão colaborativa, ele também busca transformar o mundo em um lugar mais justo e equilibrado no que envolve o acesso a oportunidades.

Segundo dados do AnuárioCoop 2022, o Brasil conta hoje com 4.880 cooperativas registradas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão de representação nacional do movimento. 

Além disso, o número de pessoas associadas às sociedades cooperativas chegou a 18,8 milhões no ano passado.

7 princípios do modelo

Para que você consiga compreender melhor como o cooperativismo funciona, é importante conhecer os sete princípios que regem esse modelo de negócio.

Eles foram estabelecidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e dizem o seguinte:

1. Adesão livre e voluntária

As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas dispostas a usar seus serviços e a assumir as responsabilidades de sócio, sem discriminação de gênero, raça, classe social, posição política ou religião.

2. Gestão democrática pelos membros

As cooperativas são organizações democráticas controladas pelos seus membros, que participam ativamente nas decisões e no estabelecimento das políticas e estratégias da cooperativa.

3. Participação econômica dos membros

Os membros contribuem equitativamente para o capital da cooperativa e, em caso de distribuição de excedentes, recebem proporcionalmente à sua participação nas atividades da empresa.

3. Autonomia e independência

As cooperativas são organizações autônomas e independentes, controladas pelos seus membros, e devem buscar alianças e parcerias com outras organizações apenas quando isso for do interesse da cooperativa e dos seus membros.

4. Educação, formação e informação

As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dirigentes eleitos e funcionários, para que todos possam contribuir de forma eficaz para o desenvolvimento da cooperativa.

5. Cooperação entre cooperativas

As cooperativas servem aos seus membros mais eficazmente e fortalecem o movimento cooperativo trabalhando em conjunto, por meio de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais.

6. Interesse pela comunidade

As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável das suas comunidades, por meio de políticas e práticas socialmente responsáveis.

Leia também: Agricultura de precisão: o que é e como aplicar na prática.

Quais os benefícios de adotar esse modelo de negócio?

Os princípios do cooperativismo, por si só, já evidenciam muitos dos benefícios que esse movimento econômico e social pode proporcionar aos seus participantes e à comunidade em geral.

Mas, para que não restem dúvidas, preparamos uma lista com as principais vantagens deste modelo. Confira:

  • Facilidade no acesso a bens e serviços: como financiamento, assistência técnica e insumos, contribuindo assim para a inclusão de pequenos produtores no mercado;
  • Fortalecimento da economia local: inclui a criação de novos negócios e empregos na região, geração de renda e a melhoria da qualidade de vida dos membros e seus familiares;
  • Maior controle dos membros sobre suas vidas econômicas: permite tomar decisões que afetam diretamente o bem-estar;
  • Maior segurança em momentos de crise: o cooperativismo é baseado na solidariedade e na colaboração;
  • Adoção de práticas sustentáveis: contribui para a preservação do meio ambiente e para o bem-estar da comunidade local;
  • Incentivo à formação e educação contínua dos membros: pode melhorar as habilidades e o conhecimento dos participantes e a qualidade do serviço oferecido;
  • Rendimentos superiores: o sistema cooperativista tem acesso à isenção tributária. Além disso, compras e vendas coletivas possuem maior poder de barganha.

Você pode se interessar por: Biotecnologia na agricultura e seus impactos para o agronegócio.

Principais tipos de cooperativas

De acordo com a Lei n.º 5.764/71, que define a Política Nacional de Cooperativismo, atualmente há sete ramos do cooperativismo no Brasil. São eles:

  1. Agropecuário: engloba desde as atividades da agropecuária até a extrativista, agroindustrial e pesqueira;
  2. Financeiras: são aquelas que oferecem serviços financeiros aos seus membros, como empréstimos e investimentos;
  3. Trabalho, bens e serviços: foca em serviços especializados a terceiros ou na produção de bens;
  4. Transporte: oferece serviços de transporte de cargas e passageiros, como táxis, ônibus, vans, entre outros;
  5. Saúde: se dedica a prestar serviços de saúde, por meio de clínicas, hospitais, laboratórios e outros serviços especializados;
  6. Consumo: permite que seus membros comprem bens e serviços em conjunto, com preços mais acessíveis e de melhor qualidade;
  7. Infraestrutura: engloba serviços considerados essenciais, como energia e telefonia.

Veja: Biotecnologia na agricultura e seus impactos para o agronegócio.

O poder do cooperativismo no agronegócio

Como você viu acima, o cooperativismo pode ser utilizado em diferentes setores. Porém, os números mais recentes mostram que o agronegócio é uma das áreas que mais se beneficiam deste modelo de negócio.

Os dados do já mencionado Anuário Coop 2022, por exemplo, mostram que o maior número de cooperativas registradas na OCB está concentrado no ramo Agropecuário (1.170). 

Além disso, essa também é a atividade que agrega mais empregados, correspondendo a 49% do total.

Se você faz parte deste grupo e quer saber como continuar se diferenciando no mercado de cooperativas, temos um conteúdo complementar que pode ajudar.

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