As cidades estão avançando no processo de reabertura dos comércios e do funcionamento de estabelecimentos, com regras de isolamento social flexibilizadas de acordo com o nível de retração do contágio de COVID-19. Mas atenção: estamos flexibilizando apenas o isolamento — porque a recomendação de distanciamento está mantida. Inclusive nos escritórios.

A adaptação ao novo é sempre complexa. Para mudar um comportamento, é preciso criar um hábito. E a simples ideia de que o que estamos fazendo agora não é exatamente o modelo de trabalho que faremos daqui a 2 ou 3 meses é cansativo e causa uma certa insegurança.

Mas esse é o tão falado normal: um ambiente volátil, capaz de exigir que toda a força de trabalho de uma organização tenha que se adaptar a algumas formas diferentes de trabalhar em um intervalo de poucos meses.

É claro que, como você experimentou durante a pandemia, essa adaptação não é do dia para a noite, mas gradual. Quer entender como passar por essas mudanças de forma mais tranquila?

Já vamos deixar uma dica aqui: conteúdos tópicos como resiliência e antifragilidade estão em alta e habilidades como inteligência emocional serão um diferencial para lidar com as mudanças do novo normal.

Os impactos do trabalho remoto na volta ao normal


O pior já passou. Funcionários aprenderam como lidar com suas tarefas de forma 100% online e gestores deixaram de lado o microgerenciamento e compreenderam que a produtividade não vai evaporar só porque a equipe está em casa.

E ainda que muitas empresas ainda não tenham um posicionamento oficial sobre o modelo de trabalho que irão adotar pós-pandemia, podemos esperar o crescimento da curva de efetivação de modelos 100% remotos e híbridos.

Sem mais delongas, confira 5 impactos do trabalho remoto na volta ao “trabalho normal”.

1) As coisas ainda não voltaram ao normal para todo mundo

Se pudermos extrair alguns aprendizados importantes para a vida corporativa dessa crise é que o entorno influencia de forma determinante o dia a dia do colaborador. E essa é uma realidade com a qual as empresas terão de lidar.

Por exemplo: 

Com a suspensão das aulas pelo menos até o fim do ano, muitos funcionários não terão condições de realizar a transição do home office para cuidar de seus filhos. Para manter a engrenagem girando, aconselha-se que essas pessoas tenham prioridade na manutenção do trabalho remoto.

Dica: 

Pratique a comunicação assíncrona. Não fique nervoso caso alguém não responda algo urgente (para você) minutos depois. Estime um prazo razoável para esse retorno e trabalhe com esse espaço de tempo.

2) Você vai trabalhar com gente remota. Inclusive na sua própria empresa.

O mundo está ficando cada vez mais remoto. E não é apenas por causa da pandemia de coronavírus. Dados indicam que a adoção do trabalho remoto cresceu 170% desde 2005 – o número foi de 44% apenas nos últimos 5 anos (ainda sem contar 2020).

É possível que alguns colegas com os quais você trabalha diretamente não estejam disponíveis presencialmente. Portanto, pratique a comunicação assíncrona.

Ok, e o que é isso?

A comunicação assíncrona é uma técnica que consiste em permitir que pessoas tomem decisões com base em uma comunicação clara e perene. É sobre ser proativo, não reativo

Por exemplo:
Está na dúvida se uma tarefa foi realizada? Pergunte nos canais oficiais de comunicação do time (use a função de marcação nos chats em grupo). Além disso, envie um e-mail. Redundâncias são bem-vindas para manter a equipe informada. Não recebeu uma resposta e tem algum tempo livre? Sinalize ao seu supervisor e comece a fazer a tarefa.

Dica: 

Ainda estamos em uma pandemia e os tempos podem ser diferentes. De qualquer forma, sempre tome a iniciativa! Comunicar é fundamental.

3) Reconfiguração dos escritórios

As novas etiquetas de higiene instauradas pelas autoridades sanitárias são condição sine qua non para que os escritórios voltem a funcionar, ainda que parcialmente. E elas estarão presentes o tempo todo. 

Algumas situações com as quais você vai se deparar:

4) Menos salas, mais áreas amplas

Tendo em vista a dificuldade e os riscos de deslocar-se em território nacional em plena pandemia, você já sabe que: 

Mas mesmo que vocês estejam no mesmo ambiente, esqueça as reuniões de portas fechadas dentro de uma sala. A tendência é que isso não aconteça por enquanto.

Sim, será cada um no seu quadrado.

5) Não vai ser uma volta completa

Se você não trabalha em uma multinacional ou em uma empresa emergente, é possível que seus empregadores tenham um pouco mais de dificuldade para adequar seu espaço físico para receber tanta gente.

Isso quer dizer 2 coisas:

1) O home office vai durar mais algum tempo para muitos colaboradores (talvez para sempre).

2) Será inaugurado um sistema de rodízio e até mesmo aluguel de espaços de hot desking por várias empresas, dividindo espaços de coworking.

O novo normal tem espaço para tudo, desde que seja eficiente

Estamos vivendo o maior “experimento” de trabalho remoto já visto. E mesmo forçado pelas circunstâncias, podemos tirar algumas conclusões.

É claro que não estamos falando de um home office comum. É trabalho em isolamento durante uma pandemia, sem uma cultura remota plenamente – e previamente – pensada e estruturada. Ainda assim, há uma série de benefícios na adoção do home office, desde maior comodidade para os trabalhadores até redução de custos para as empresas.

A crise econômica que se apresenta no horizonte alerta para a necessidade de modelos de trabalho mais econômicos e eficientes. E o trabalho remoto acena como uma possibilidade para alcançar esse objetivo – não à toa há notícias de empresas que instituíram o home office de agora em diante.

Mas, calma! Ainda veremos o trabalho presencial no pós-pandemia. E em larga escala. Além disso, na transição de volta para os escritórios, os modelos híbridos e sistemas de rodízio de funcionários tendem a ser os campeões.

E tudo isso tem seu lugar no novo normal – porque o que será mainstream daqui para a frente, começa a ser construído agora.

Bônus: vença os desafios do trabalho remoto de uma vez por todas!

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Afaste de uma vez por todas o fantasma da improdutividade no novo normal!