Estamos no epicentro de uma revolução que promete redesenhar o futuro da internet como a conhecemos. A Web3 está surgindo como a próxima fase da Word Wide Web, trazendo uma onda de transformações e inovações.

Sua influência está se espalhando rapidamente por uma diversidade de setores, desencadeando uma série de aplicações práticas que estão moldando o mundo digital.

Neste artigo, convidamos você a explorar o universo da Web3 e mergulhar nas diversas formas que a tecnologia está transformando nosso cenário digital!

O que é a web3?

A Web3 é a próxima revolução da internet centrada no usuário. É a infraestrutura que vai possibilitar que as experiências imersivas e descentralizadas aconteçam.

Estamos convergindo rapidamente para esse mundo que é a Web3, dominado por tecnologias como: NFTs, blockchain, criptomoedas e tokenização. 

Na prática, a Web3 nada mais é que um ecossistema online, descentralizado e baseado em blockchain em que os usuários finais conseguem controlar plataformas e aplicativos. 

Neste ambiente, as pessoas decidem onde vão colocar seus dados e como vão compartilhá-los. 

O termo Web 3 foi criado em 2014 pelo fundador da plataforma de blockchain Ethereum, Gavin Wood, justamente para designar a próxima fase da internet.

5 aplicações práticas de Web3

A Web3 está gerando inúmeras aplicações práticas em diversos setores. Aqui estão 7 exemplos da sua utilização e desdobramentos com outras tecnologias. Confira!

1. Token e ativos digitais

A tokenização é um dos grandes desdobramentos da Web3. E uma das características principais desta nova fase da internet. Para muitos, inclusive, o seu nicho mais promissor.

Basicamente, a tokenização é o processo de transformar ativos financeiros e não financeiros em ativos digitais.

Diante desse cenário, o grande objetivo da tokenização é oferecer praticidade aos usuários. Assim, os ativos podem ser comprados, vendidos ou armazenados com mais facilidade.

E onde entra a Web3 nessa equação? Simples, é ela que permite que ocorra a descentralização de operações ao utilizar um conjunto de tecnologias combinadas.

Todo esse movimento converge para o que os especialistas têm chamado de tokenização da economia: um novo universo que abrange diversas soluções inteiramente digitais.

A grande relevância da tokenização é essa possibilidade de fracionamento. E isso é importante porque ao fracionar é possível dar liquidez aos ativos que até então estariam imóveis. 

2. Drex e Real Digital

No Brasil, o Banco Central está desenvolvendo a sua própria moeda digital.

E a Web3 será o principal meio que esta moeda poderá ser usada em transações online.

Inicialmente chamada de Real Digital, a CBDC brasileira agora já tem um nome definitivo: DREX (Digital Real Eletrônico X).

O Drex, projeto-piloto do Banco Central, permitirá vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais, além de viabilizar contratos inteligentes. Participam da iniciativa 16 instituições que têm feito uma série de testes desde 2022. 

Sua característica principal é o uso de blockchain para realizar movimentações bancárias como pagamentos, transferências e outras.

Nesse caso, a web3 facilita o uso e a integração do Drex na economia digital, permitindo transações eficientes e a inclusão financeira.

Um ponto crucial a respeito do Drex é que ela é uma moeda digital emitida pelo Banco Central. Isso implica em regulamentações e a vantagem de não sofrer flutuações em seu valor.

É importante destacar que o Drex é um token e não uma criptomoeda, mantendo o mesmo valor do real que utilizamos nas nossas transações cotidianas.

A expectativa é que a moeda digital brasileira seja lançada entre o final de 2024 e início de 2025.

3. NFT 

Os NFTs são outra aplicação importante da Web 3. Ambos fazem parte da internet descentralizada que será impulsionada por diferentes tecnologias.

Non-fungible token ou NFTs representam ativos digitais exclusivos da blockchain, permitindo a propriedade digital e a transferência de ativos sem a necessidade de intermediários centralizados.

Eles são usados em mercados e plataformas Web3, onde os usuários têm maior autonomia, controle e interoperabilidade sobre seus ativos digitais.

Também proporcionam propriedade digital verificável e transferível, permitindo que os criadores e tenham controle sobre os seus conteúdos na Web3.

Isso significa que artistas, músicos, gamers, entre outros, possam monetizar suas obras de forma direta, sem depender de intermediários.

Além disso, os NFTs habilitam a criação de ecossistemas digitais mais ricos e interconectados, representando ativos como obras de arte, músicas, vídeos, itens de jogos e muito mais.

4. DAO ou Organizações Autônomas Descentralizadas

As Organizações Autônomas Descentralizadas representam uma forma inovadora de governança e coordenação de recursos na Web3.

As DAOs são construídas em blockchains e operam sem a necessidade de uma autoridade central, baseando-se em contratos inteligentes para tomar decisões e executar ações de forma automatizada. 

Essa autonomia e transparência estão alinhadas com os princípios da Web3, que busca reduzir a dependência de intermediários e promover a participação igualitária dos usuários.

As DAOs têm uma ampla gama de aplicações na Web3, desde governança de protocolos e criptomoedas até a gestão de projetos colaborativos e investimentos. 

Elas permitem que os participantes tenham voz nas decisões, proporcional ao seu envolvimento, sem a necessidade de intermediários tradicionais, como empresas ou instituições financeiras.

5. Blockchain

O Blockchain é uma das peças-chave da Web3, que busca descentralizar o controle e garantir maior segurança e privacidade aos usuários.

É ele que permite a criação de sistemas descentralizados e confiáveis e oferece a base para a criação de aplicativos e plataformas na Web3.

Isso ocorre porque a tecnologia permite o registro seguro e transparente das transações e dados, eliminando a necessidade de intermediários.

Pense na blockchain como se fosse um enorme livro contábil descentralizado e distribuído que registra transações em uma rede de computadores. 

Cada bloco e os seus dados são protegidos por criptografia e vinculados a blocos anteriores, criando um registro imutável de informações.

Além disso, a blockchain é usada para garantir a integridade dos dados e a confiabilidade das informações na Web3.

Os contratos inteligentes, por exemplo, são programas executáveis baseados em blockchain que permitem a automação de acordos e transações, tornando a web3 mais eficiente.

6. Metaverso

O metaverso é outro elemento que configura esse novo universo digital e que pode ser potencializado pela Web3. 

Tem sido considerado uma evolução da internet, pois permite que os usuários consigam ir além da simples navegação e cheguem a uma experiência compartilhada e imersiva.

O grande salto veio em possibilitar o trânsito de bens digitais, identidades e dados entre as diversas plataformas que o compõem.

Além do metaverso não ter as limitações do mundo físico, ele agrega em áreas como finanças descentralizadas e tokenização. 

Com isso é possível incluir ativos reais dentro do metaverso e criar experiências imersivas de verdade. 

Para que tudo isso funcione, entra em jogo o conceito de DeFi – Finanças Descentralizadas – que é um novo modelo financeiro digital que roda através da tokenização e com códigos abertos. 

Isso tudo sem a necessidade de intermediação. Essas tendências têm um impacto direto no mercado financeiro que precisa agora traçar novos caminhos.

7. Criptomoedas

As criptomoedas compõem uma parte importante da Web3.  Elas são um meio para realizar transações descentralizadas e diretas, tornando-as mais seguras e transparentes.

As criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, por exemplo, desempenham um papel fundamental nesse cenário e podem servir como a infraestrutura de pagamento da Web3.

Em primeiro lugar, as criptomoedas são usadas em transações diretas e seguras e, frequentemente, utilizadas como incentivo para a participação em redes descentralizadas.

Além disso, as criptomoedas têm função relevante na criação de tokens e ativos digitais, permitindo o desenvolvimento de mercados e ecossistemas digitais altamente flexíveis e interconectados.

Em resumo, as criptomoedas são a infraestrutura financeira e de valor que sustenta a Web3.

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