Conheça as principais ferramentas do Design Thinking
O mundo não parou, só mudou um pouco. E, pensando no contexto de incertezas que estamos vivendo por conta da proliferação do Covid-19, é importante repensarmos nossa estratégia. Para isso, as empresas precisam abrir mão do velho para o novo chegar.
O presente (e o futuro!) será daquelas empresas que pensarem em cocriar, que priorizarem a proximidade com seus colaboradores e clientes. É justamente nesse lugar que mora a chance de co-criar uma nova mentalidade.
Resta saber: quais corporações vão conseguir se adaptar com mais agilidade?
Pensar em que habilidades precisamos desenvolver, adotar modelos de gestão mais eficientes. Repensar processos. Recalibrar a estratégia. Olhar com mais atenção para a necessidade de um propósito que carregue a verdade da empresa e esteja vivo em cada processo.
É um momento de incertezas, mas de arregaçar as mangas e começar a construir o futuro. É possível sair dessa crise muito mais fortalecido, assertivo e estratégico. Basta olhar para o lugar certo e empregar a ferramenta certa.
É esse movimento que a MJV já fazia e está sendo potencializado nesse momento tão delicado. E o Design Thinking, metodologia que está em nosso DNA e que foi o alicerce de nossa construção de valores, pode ser o fio condutor para essa transformação.
Nesse artigo, vamos falar sobre as ferramentas de DT e como elas podem ser usadas para resolver problemas específicos nos esforços de inovação do seu projeto/negócio. E para você que acha que seu projeto tem que ficar parado por conta da pandemia e do isolamento social, preparamos um bônus especial ao final! Confira.
Reposicionamento estratégico: o que importa agora
A resposta é simples: reposicionamento estratégico.
O Design Thinking será o pano de fundo para um reenquadramento estratégico (ou reframe estratégico, como preferir chamar).
O que é isso?
Repensar e entender como as pessoas estão se sentindo, como estão lidando com a nova realidade, que mudanças ela traz e o que temos em comum.
O Design Thinking consegue traçar um panorama de todos esses vetores, compreendendo profundamente o indivíduo através de suas análises. Dessa forma, coloca todos em uma mesma página, possibilitando um maior entendimento do negócio nesse momento de transição e de gestão.
O que precisamos nesse momento é entender o indivíduo, conhecer e compreender a fundo suas necessidades. E isso nos levará a repensar, também, o negócio. E é aí que o Design Thinking brilha porque isso é o que ele faz de melhor.
E como isso gera valor para o negócio?
- Promove engajamento
- Ajuda a pensar em ações que geram uma transição remota mais eficiente
- Mostra o caminho para repensar o negócio em um momento de crise
- Encontra oportunidades de negócio nesse contexto
- Mantém a corporação no jogo: sua empresa continua competitiva no mercado
Ferramentas do Design Thinking: fase por fase
Vamos começar com uma definição de Design Thinking.
Aqui na MJV ele é utilizado como
“uma abordagem estruturada de inovação que tem o ser humano como foco e busca gerar soluções que alinham o desejo e as necessidades do usuário consumidor à geração de valor para o negócio”.
Se quiser entender com mais profundidade, confira nosso livro Design Thinking, Inovação em Negócios.
Vamos, agora, para as ferramentas do Design Thinking empregadas em cada uma das fases.
Imersão
É na imersão que a equipe de projeto aproxima-se do contexto do problema que deseja resolver, com foco no usuário final. Essa fase costuma ser dividida em duas sub-fases: a imersão preliminar e a imersão em profundidade.
Imersão preliminar
Entendimento inicial do problema.
→ Ferramentas:
- Reenquadramento: reuniões de alinhamento estratégico entre a equipe que conduzirá o projeto de Design Thinking e colaboradores da empresa contratante — ou do departamento para o qual se está trabalhando em um projeto.
- Pesquisa exploratória: pesquisa de campo preliminar que auxilia a equipe no entendimento do contexto a ser trabalhado num determinado projeto. Ela fornece insumos para a definição dos perfis de usuários, atores e ambientes ou dos momentos do ciclo de vida do produto/serviço.
- Pesquisa desk: fornece referências das tendências nacionais e internacionais sobre a área estudada, além de insumos com temas análogos, que podem auxiliar no entendimento do assunto trabalhado.
Imersão em profundidade
Identificação de necessidades e oportunidades que vão nortear a geração de soluções.
→ Ferramentas:
- Entrevistas: obtenção de informações por meio do diálogo, principalmente com os usuários, clientes do produto/serviço/processo.
- Cadernos de sensibilização: instrumentos utilizados para obter dados, geralmente quando o usuário está fisicamente distante.
- Sessões generativas: encontros com os atores do projeto para realizarem atividades em que expõem suas visões e compartilham experiências sobre os desafios.
- Técnica de sombra: acompanhamento de um usuário ao longo de um determinado período que inclua sua interação com o produto ou serviço em análise.
→ Saiba mais: Como funciona a fase de Imersão do Design Thinking!
Análise
Fase de sintetização das informações coletadas para a geração de insights. Na Análise, o designer consegue entender com clareza em qual cenário os stakeholders estão envolvidos, o que será fundamental para a etapa seguinte: a Ideação.
→ Ferramentas:
- Cartões de Insight: reflexões embasadas em dados reais das pesquisas Exploratória, Desk e em Profundidade, transformadas em cartões que facilitam a visualização das informações.
- Diagrama de Afinidades: organização, análise e agrupamento dos Cartões de Insights com base em premissas como afinidade, similaridade, dependência ou proximidade.
- Mapa Conceitual: organização visual simplificada de dados complexos de campo, em diferentes níveis de profundidade, para ilustrar as ligações entre os dados, possibilitando raciocínios mais lineares e permitindo que novos significados sejam extraídos das informações.
- Critérios Norteadores: diretrizes acerca de elementos que devem ser constantemente lembrados durante o desenvolvimento de um projeto, que determinam os limites das tarefas, mantendo o foco proposto.
- Mapa de Empatia: matriz que sintetiza informações sobre o cliente, o que ele diz, faz, pensa e sente. É utilizado quando há muita informação de campo e é necessário gerar um entendimento melhor do público-alvo.
- Personas: arquétipos fictícios que personificam os valores da marca e que representam a perspectiva do cliente ideal.
- Jornada do Usuário: representação gráfica das etapas de relacionamento dos usuários com produtos e serviços que compram ou utilizam.
- Blueprint: matriz visual esquemática que representa de forma simples todo o sistema de interações que caracterizam uma prestação de serviço.
Ideação
Fase em que as ideias são apresentadas sem nenhum julgamento; momento de pensar fora da caixa e propor soluções para o problema. Na Ideação utilizam-se práticas de estímulo à criatividade, o que ajuda na geração de soluções que estejam de acordo com o contexto trabalhado.
→ Ferramentas:
- Brainstorming: processo criativo para incentivar os envolvidos no projeto à geração de grande número de ideias em curto espaço de tempo.
- Workshop de Cocriação: encontro colaborativo realizado pela equipe de Design Thinkers, que reúne indivíduos de áreas de atuação diferentes para fomentar soluções inovadoras.
- Cardápio de Ideias: catálogo que sintetiza e tangibiliza todas as ideias geradas no projeto.
- Matriz de posicionamento: matriz que comunica os benefícios e desafios na implementação de cada solução. Dessa forma, as ideias mais estratégicas são priorizadas no momento da prototipagem.
Prototipagem
Fase de validação das ideias geradas por meio de protótipos. É a hora de aparar as arestas, ver o que se encaixa no projeto, juntar propostas e colocar a mão na massa.
→ Ferramentas:
- Protótipo em papel: representações simples de interfaces gráficas, desenhadas à mão, com diferentes níveis de fidelidade para tangibilizar uma ideia.
- Modelo de Volume: representação tridimensional de produto com nível de fidelidade variado, usado para tirar a ideia do plano conceitual e transformá-la em algo concreto.
- Encenação: simulação improvisada que pode representar interações de pessoas com objetos ou diálogos nos quais se assumem determinados papéis. É usada para testar, construir ou detalhar etapas de um procedimento de melhoria da experiência de um produto ou serviço.
- Storyboard: representações visuais de uma história por meio de quadros estáticos. Roteiros visuais podem ser criados a partir de desenhos, colagens, fotografias ou qualquer outro tipo de técnica de representação gráfica.
- Protótipo de serviço: simulação de artefatos materiais, ambientes ou relações interpessoais que representam aspectos de um serviço.
- Produto Viável Mínimo: versão mais simples possível de um produto, serviço ou funcionalidade para a obtenção da validação do mercado da sua proposta de valor.
→ Leia também: Prototipagem no Design Thinking: Modelos de Volume!
Como você viu, em cada uma das fases do Design Thinking, os designers podem lançar mão de diversos tipos de ferramentas. Obviamente, cada ferramenta tem suas aplicabilidades a depender do projeto no qual se está trabalhando.
Também é muito normal que os profissionais tenham suas preferências por determinadas ferramentas. Não importa, o que realmente é relevante é que há opções amplamente testadas e aprovadas.
Bônus: Design Thinking Digital
Seu projeto não precisa ficar parado por conta da pandemia e do isolamento social, nem precisa esperar até chegar uma vacina. É aí que entra o Design Thinking Digital!
Todo esse novo contexto de muitas incertezas traz uma diversidade de desafios complexos e urgentes. As empresas precisam criar soluções rapidamente para assegurar competitividade e continuidade em suas operações e objetivos.
É importante lembrar que estamos falando de desafios que permeiam toda a estrutura empresarial e se desdobram em aspectos estratégicos, táticos e operacionais. Isolamento social e trabalho remoto são apenas algumas das preocupações e desafios.
E como enfrentar esses desafios para manter a competitividade de curto e médio prazo?
Já demos um spoiler nesse material: utilizando o Design Thinking.
Ao trazer uma mentalidade alinhada com as crescentes incertezas vigentes, a abordagem entrega um resultado de valor em pouco tempo, levando o foco para o indivíduo e para uma execução em curto prazo.
Através do Design Thinking Digital, se torna possível:
- Adaptar e reenquadrar estratégias de médio prazo para planos de curto prazo dentro de um contexto de crise
- Pivotar planos de negócio em execução e priorizar
- Reenquadrar dinâmicas e rotinas de trabalho para minimizar o impacto em suas forças de trabalho, seus parceiros, cadeias de valor e clientes
- Identificar novas oportunidades para a busca de competitividade e retomada de crescimento
Como fazer isso?
Tendo em vista este cenário de exceção, a MJV propõe um formato próprio para permitir diagnosticar, conceituar e validar de forma ágil um redirecionamento estratégico assertivo e aderente aos desafios do contexto.
Uma vez que as novas incertezas demandam agilidade, o formato proposto visa revisitar e “pivotar” rapidamente os business plans vigentes. Nesse cenário, todas as etapas do planejamento são revistas de forma dinâmica, utilizando o Design Thinking Digital como metodologia para otimizar e facilitar a definição de temas complexos e as tomadas de decisão subsequentes.
“Este não é o normal, são tempos de estresse e incertezas. É também um período em que o trabalho que estamos fazendo é mais crítico.”
Jeff Bezos, CEO da Amazon, trouxe essa reflexão realista sobre nosso novo cenário. E nós acreditamos que esse tipo de conjuntura é a catalisadora para viradas de chave.
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